Falei para Eloá que não sabia se recomendaria "A
pele que habito" pra ela. Geralmente, quero que ela veja tudo que eu vejo e
gosto. É que eu tinha acabado de ver o filme e estava em uma pequena crise.
Gostei - putz, é pouco, fiquei enlouquecido -, mas sei que é um filme estranho
e, talvez, difícil para almas sensíveis. De qualquer forma, é uma experiência e
tanto. O filme apresenta uma situação - mulher vive enclausurada e se submete a
um transplante de pele por um médico esquisito (soturno, pra dizer o mínimo).
Por que ela se submete? Quem é ela? Putz, o filme nos apresenta essa linda
mulher, depois somos supreendidos por uma cena extremamente violenta para em
seguida ela e o médico caírem nos braços um do outro. É nesse ponto - e até aí
tudo é muito sem explicação, meio embaralhado - é aqui que a trama volta seis
anos e começa de fato o filme. A partir desse flashback começamos a ter as explicações sobre os
acontecimentos do tempo presente. Almodóvar dá um nó na cabeça do espectador,
meio que obriga a rever o início do seu filme, porque tudo ali é muito diferente
do que imaginamos. É um trabalho muito lindo em sua realização. Mas não se
engane, não é uma história de amor, como também não é uma história com final feliz. É
um suspense intrincado, intenso, sem concessões, com algo a dizer. E, o melhor de tudo, como é
bom!
segunda-feira, 16 de abril de 2012
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