terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Sossego

Assim como minha amiguinha Flávia, eu tenho acordado no meio da madrugada sem motivo desde a última semana. Ela acha que é ansiedade. Pode ser. Tantas coisas aconteceram nesses dias. Fizemos um evento grande no sábado. Tive outro na sexta à noite. A semana foi toda corrida. E a cidade está aquele inferninho de gente, carro e pressa. Como diz o Tim Maia, quero agora um pouco de sossego. E me preparar, com a baba escorrendo no canto da boca, pra ver o "Avatar" de James Cameron. Depois do Natal, a gente conversa sobre isso.

Farra na cozinha

No domingo convoquei minha pequenina para uma diversão gastronômica. Ela podia escolher o que queria para o almoço e faríamos juntos pela diversão. Ela só precisaria vestir seu pequenino avental e ocupar a cozinha com o pai. Sua escolha me agradou também: Lazanha à bolonhesa. E para brincar, claro, teríamos geladinhos de maracujá e coco de sobremesa. Eu queria fazer tudo juntinho com ela, desde comprar os ingredientes no mercado. Ela pediu para pular essa parte. Ok, fui sozinho às compras e a deixei em casa vendo os mutantes do X-Men socando homens maus (era o segundo e ótimo filme da série, dirigido por Bryan Singer). Quando voltei, era hora de preparar as coisas. Foi muito bom vê-la trabalhar com afinco; lavar o que precisava, sujar outro tanto de coisas, opinar sobre Deus e o mundo (putz, como ela fala quando está feliz!)... Foi uma farra. E tem mais, ela também escolheu o repertório da trilha sonora: forró (teve minha aprovação total), Chico Buarque (ok, eu influenciei nessa escolha) e, por fim, Ivete Sangalo no Maracanã. Nada me desagradou nesse domingo. Poder explorar o trabalho infantil ao arrepio da lei é bom demais.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Pesadelo

"Não durmo, nem espero dormir.
Nem na morte espero dormir."

Lembro esses versos de Fernando Pessoa, porque tive hoje um desses pesadelos terríveis. Pois é, tenho pesadelos com constância desde criancinha. Há uns bons dois anos, no mínimo, já não sabia o que era isso. Hoje ele veio com tudo. É mesmo terrível e sempre igual: estou passando por algo incômodo ou assustador e fico imóvel - não posso movimentar um único músculo, apesar de todo esforço. Parece que a respiração não funciona. E, pior, Eloá não estava ao meu lado. Acordei ainda pesado de sono, mas sem coragem de voltar a dormir, porque temia voltar ao pesadelo. Eloá tinha ido cedo pro vôlei. Estava sozinho em casa com minha filha, que dormia no quarto dela. Que fazer? Levantei cheio de sono e fui para a internet, a melhor amiga de todos nós.