terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Imprescindível

Eu respeito muito as mulheres. O que seria de nós sem uma mulher ao nosso lado? Penso nos fins de semana. Como apreciar devidamente as reviravoltas da série Prison Break, por exemplo, sem ter alguém pra ficar indo buscar cerveja na geladeira? Seria o fim do mundo.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Romeu e Julieta

Depois de ficar bem impressionado com "Última Parada 174", caiu nas mãos outro filme de Bruno Barreto. "O Casamento de Romeu e Julieta" parece feito sob medida para ser surrado pela crítica (o que já é um atrativo em si). Não amei, mas também não odiei o filme que traz a alusão óbvia à tragédia de Shakespeare. No fim, é um filme simpático cujo trabalho de Luís Gustavo paga com sobra o ingresso. Marco Ricca é o Romeu corintiano que cai de amores por uma Julieta palmeirense na pele de Luana Piovani. Esqueça Luana. Marco Ricca e Luís Augusto são o filme. Vi ainda "Os Desafinados", com Rodrigo Santoro, Cláudia Abreu e um elenco numeroso. O que mais gostei do filme foi ver que a Cláudia Abreu, depois dos 35, continua inteirona nua. Uma menininha quase.

Violência Gratuita


Teoricamente, eu deveria gostar de filmes como "Violência Gratuita" (o título original é melhor: "Funny Games U.S.") que tem um certo parentesco com "Laranja Mecânica". Mas não gostei, não é a minha. E, pra bem da verdade, está distante do clássico de Kubrick. Seu ponto em comum, a violência praticada por jovens inconseqüentes, lá tem tratamento bem diferente. Leio que o "Funny Games" é uma refilmagem, quadro a quadro, conduzida pelo próprio diretor, Michael Haneke, que antes fez esse mesmo filme com elenco desconhecido. A refilmagem tem atores famosos. Encabeçam o pequeno elenco Tim Roth e Naomi Watts (na verdade, foi por essa dupla que me dispus a ver o filme). Ambos dão conta do recado, o que é de se esperar de atores que tem trabalhos de alto calibre no currículo. O problema é que a mim, não me interessou um filme que é perverso por ser, que me faz sentar na cadeira e ficar apreciando as pessoas sendo espezinhadas e violentadas. Não é moralismo, não advogo um final feliz obrigatório nos filmes. Mas também não me agrada pagar para sofrer por cem minutos diante da tela como se isso fosse entretenimento. Violência como sexo (como tudo, não?) tem que ter um contexto maior que ela que justifique sua presença. Filmar dois moços belos e educados que saem por aí barbarizando por nada, isso por si só não justifica um filme. Nem se Haneke fosse um diretor maior, cuja estética fosse hipnotizante, a narrativa incrível e o desenvolvimento surpreendente. Não é. O filme é irritante e propositadamente vagaroso. Os 100 minutos parecem três ou quatro vezes mais. Fica a léguas de qualquer comparação com Kubrick. É chato e metido a besta (o que é aquele controle remoto refazendo uma cena? e a quebra da quarta parede com o garoto falando diretamente com o espectador?). Pior que ele só o brasileiro "cama de gato", com Caio Blat, que também já foi comparado com "Laranja Mecânica". Sai pra lá.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Sem sono

Minha garotinha teve dificuldade para dormir ontem. Eu sei o motivo. Na verdade, já estava prevendo a insônia. Ela ficou uns quatro dias na casa da prima. "Estou de férias, pai, deixa...". Eu deixei. Eloá coordenou a ação, preparou tudo, levou e foi buscar. Acontece que cada família tem seus próprios hábitos. E na casa da prima, o horário de dormir sempre é mais elástico. A mesma coisa para acordar. Resultado, às 22h, minha filhinha estava sem sono nenhum. Ficou cantarolando até dormir. "Minha filha, diminui mais essa cantoria, eu estou ouvindo do meu quarto". Ela disse "tá bom, pai". Às quatro horas da manhã, ela bate nos pés da minha cama. "Pai, eu acordei e não estou conseguindo dormir de novo". Levantei, fui até a cama, beijo pra lá, beijo pra cá, cheiro. E tchau. "Fica aí quietinha que logo o sono volta". E voltou mesmo. Mais tarde voltei lá (bêbado de sono) para fiscalizar as coisas. Ela dormia como um bebê, o meu bebezinho.

O Mago

Apesar de gostar do que pensa meu amigo André contra os blogs que funcionam em regime de fast food, há os dias nos quais estou mais falastrão. Hoje mesmo. Acho que foi a noite pessimamente dormida. E cheia de sonhos. Tive vários sonhos ruins que envolviam Paulo Coelho. Explico. Fui dormir ontem depois de ler umas boas páginas de sua biografia, "O Mago", escrita por Fernando Morais. Acho que já li até hoje um terço do livro de 600 páginas. Há muita coisa curiosa. E várias podreras. O período que estou lendo é pau puro. Numa das histórias que me deixou triste, Paulo Coelho teve uma crise, sua namorada foi embora do rio grávida de um filho seu e prometendo fazer aborto. Ele se desespera e quebra o quarto todinho. O pai invade o quarto com enfermeiros, ele é levado à força para uma casa de saúde, com camisa de força e tudo, onde o tratamento é à base de choque elétrico. Difícil ter bons sonhos depois de ler coisas assim. Mas quem pediu pra ler? Acho que é como diz um amigo meu, "é ruim, mas é bom".

Tomates

Uma bela massa com um molho de tomates frescos, uma folhinha de majericão pelo meio, não há nada melhor. Recentemente, descobri tomates pelados envoltos no próprio suco. Prático e de resultado muito bom em receitas. Tomate é bom demais. E ainda não comi um que superasse o sabor que tem os tomates de Alagoinhas. Não sei explicar a diferença monstruosa em relação aos frutos sem graça daqui de Salvador. Mas desconfio. Sei, por exemplo, que muito do que se consome em Alagoinhas vem de hortas familiares, de pequenas produções agrícolas. Lá os tomates são menores. Por aqui reinam os grandões que dizem pouco ou nada ao paladar.

Evangeline Lilly

Diferente da Cléo Pires, não vejo graça em Lost. Depois de meia dúzia de episódios da primeira temporada que não avançam na trama e só servem para enrolar trouxa, desisti de continuar acompanhando (apesar da minha admiração por J.J. Abrams, criador da série). Porém, entretanto, todavia, nem tudo me desagradou. Que o diga essa moça, a Evangeline Lilly...

Saramago

O escritor José Saramago fala sobre a posse de Obama nos States, pensamento com o qual concordo: "O presidente dos Estados Unidos resolverá ou intentará resolver os tremendos problemas que o estão esperando, talvez acerte, talvez não, e algo nas suas insuficiências, que certamente terá, vamos ter de lhe perdoar, porque errar é próprio do homem como por experiência tivemos de aprender à nossa custa. O que não lhe perdoaríamos jamais é que viesse a negar, deturpar ou falsear uma só das palavras que tenha pronunciado ou escrito. Poderá não conseguir levar a paz ao Médio Oriente, por exemplo, mas não lhe permitiremos que cubra o fracasso, se tal se der, com um discurso enganoso. Sabemos tudo de discursos enganosos, senhor presidente, veja lá no que se mete."

Pelo que se anuncia, com decisões como o fechamento da prisão de Guantánamo, um mínimo desse governo poderá valer por dois mandatos inteiros de desastre e desatinos sob Bush.

Heath Ledger

Heath Ledger está no páreo para o Oscar póstumo de ator coadjuvante por seu coringa. Ledger é legal. Penso especialmente no seu caubói gay e no suicida de "A Última Ceia". Em Batman, ele não está ruim, dá pra ver a entrega ao papel. Mas o filme não me desce a goela. Claro que tem quem goste da megalomania e do clima depressivo do diretor Christopher Nolan. Eu tô fora. É uma pena, porque a namorada do Batman, a Maggie Gyllenhall, é um talento (e uma coisinha linda)...

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

States

O melhor da vitória de Obama nos States é se livrar de Bush...

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

A Casa da Mãe Joana


Que delícia o filme "A Casa da Mãe Joana", do Hugo Carvana, que é também ótimo ator. O filme tem alguns pecados, como a presença dispensável dos personagens de Pedro Cardoso e Malu Mader. Mas no geral, é bem divertido e inteligente. Trazer para o centro da trama três malandros que são forçados a trabalhar para não perder a casa onde vivem rende situações engraçadas. Entre José Wilker, Paulo Betti e Antônio Pedro, Betti se destaca, embora pedro esteja muito bem como o escritor em crise que se apaixona pela musa que ele mesmo criou e vive em sua garrafa de uísque. Fernanda de Freitas e Juliana Paes emprestam seu charme (e muita eletricidade) ao filme e estão bem nos papéis. O melhor de tudo é que o longa se ancora no trio central formado por bons atores e os coadjuvantes são todos de luxo, a exemplo de Laura Cardoso, Cláudio Marzo, Arlete Sales e Beth Goulart.

Filmes vistos no fim de semana: Além de "A Casa da Mãe Joana" teve "A Ilha da Imaginação". A ilha... é para ver com os filhos pequenos. Esse filme não foi muito elogiado pela crítica. Traz uma dupla inusitada com Jodie Foster, que faz uma escritora cheia de manias e fobias, e o galã Gerard Butler, em duplo papel, de pai cientista e herói de histórias de aventura. A filha de Butler no filme, e protagonista da história, é a gracinha Abigail Breslin (de "A Pequena Miss Sunshine"). Achei o filme bem simpático e adequado para crianças maiores (a minha tem sete anos).

Séries: vi "Boston Legal" e "Prision Break". Boston Legal é excelente, uma série de histórias de tribunal com humor perverso e cheia de sensualidade. Pena que na locadora perto de casa só tenha até o disco cinco. Prision Break, eu resolvi dar nova chance à série cujo episódio piloto não me capturou. Devido à insistência do cara da locadora, resolvi ceder. Vi os quatro primeiros episódios um atrás do outro. Desta vez, estou gostando mais.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Ano novo...

Sou um cara que acha que os últimos serão os... últimos. E concordo com meu amigo Marcelo que a primeira impressão é a que primeiro vai embora. Nasce aqui e agora o "Filmes, foods & cia". Bateu uma coisa e resolvi levar a idéia da mudança do blog adiante. Eu já queria mudar há algum tempo, mas era uma idéia sem perna nem braço. Mudei. E essa casa aqui já nasce assumindo a multiplicidade de assuntos. O outro parecia indicar um caminho específico (cinema), mas no fim era um salseiro que tratava de tudo. E ademais, o nome era pomposo (apesar da homenagem ter sido justa). Continuamos com o salseiro, mas agora de forma explícita desde o título. A única coisa que este blog não terá é produção literária, porque esses textos estarão reunidos no blog "Passagem das horas" (outra homenagem/citação à Fernando Pessoa). Sempre que houver novidades, será feito o devido anúncio por aqui. É isso, por enquanto. Vamo pra frente.