quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Ingrato

Sou um filho ingrato. Demoro de ver ou dar notícias aos meus pais - tudo que não quero que minha filha faça comigo. Sofro por antecipação pensando em ser deixado de lado por ela no futuro. Ontem à noite fiz uma visita breve aos meus pais e levei a pequena comigo. Ela adorou o programa noturno. Meus pais reclamaram, fizeram a cena de sempre quando eu demoro pra fazer contato. Meu pai é pior que minha mãe nisso.

Minha filha antes de ir visitar os avós, tinha conversado com a mãe no skype (acompanhada de perto pelos meus olhos e pelo meu ciúme). Não tenho problema com a ex-mulher que é a mãe de um filho meu e que não vive mais comigo. Mas ficaria mais feliz se ela sumisse, fosse abduzida por aliens, mudasse de vez pro Cazaquistão, qualquer coisa assim... Entretanto sei que minha pequena sofreria se não visse mais a mãe. E eu sofro por ela ser tão apegada.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Sabino

Já li um bom pedaço de "A mulher do Vizinho", de Fernando Sabino. São textos bons de ler, saborosos, que mais parecem rascunhos. Alguns já começam no meio de um diálogo, alguns terminam subitamente. Tem crônicas cuja história serve de justificativa para uma idéia. Parece anotação de algo que futuramente será desenvolvido, as historinhas não se parecem com algo que tem começo meio e fim. A crônica é um tipo de literatura flexível, abraça o cotidiano, as coisas do dia-a-dia, cabe tudo dentro dela. Sabino, em pedaços, vai desvendando um país que conhece, que vive. O autor se diverte muito com esse trabalho que, claramente, tem humor sem deixar de trazer algo de preocupação social. Prova disso é o texto "Notícia de jornal" e outros vários que expõem um político desonesto, um delegado servil ao poder, a máquina pública embolorada pela burocracia etc... É recorrente em Sabino as histórias banais, de botequim, de acontecimentos aparentemente desimportantes. Mas aí é que está a graça, extrair importância daquilo que é apenas a vida, em seu aspecto mais ordinário.

Confronto

Joguei dominó com minha filha pela primeira vez no sábado. Não fazia idéia que ela havia aprendido a jogar na casa da avó. Pois ela aprendeu. Me surrou, inclemente, com um placar de 20 x 11. Não acreditei naquilo. Ela só tem oito anos! Me senti um supercomputador derrotado por um humanozinho de nada. Não pode. No domingo, puto, esfregando as mãos, fui à forra. Me concentrei, estudei bem os lances, fiquei atento, até que finalmente bati nela com um 10 x 8. Minha amiga Marlla diz que ela continua em vantagem (e não precisa ser gênio pra concordar). Ela quer revanche. Eu quero reverter a vantagem dela. Mal podemos esperar.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Começo a ler "A mulher do vizinho", livro de crônicas de Fernando Sabino, autor por quem tenho o maior apreço. É dos autores recorrentes no meu início de vida como leitor. Ler Fernando Sabino é voltar um pouco no tempo.

Arrasta-me...

Tive medo durante o filme "Arrasta-me para o inferno", do Sam Raimi. O filme é um exagero só e justamente por isso é tão bacana. Raimi não se leva a sério, brinca com o gênero, mói a protagonista (vivida pela atriz Alison Lohman), coitada, que sofre o diabo enquanto tenta se livrar de uma maldição. O dinheiro está por trás de algumas das motivações dos personagens. O filme pode ser lido como um conto moral que condena a ambição. Mas é curioso que o vidente e a médium que tentam ajudar a protagonista sejam também movidos por dinheiro. Mas não dá pra se apegar muito a isso. Raimi quis fazer um filme divertido e assustador. Conseguiu.

Vi também "Desejo e perigo", de Ang Lee. Me esforcei de início, o filme não me pegou de cara. Mas fui em frente, gosto de Ang Lee. A história se passa nos anos 40 durante a segunda guerra mundial e a ocupação de Hong Kong e Shangai pelas tropas japonesas. Acho que Ang Lee perde muito tempo até chegar ao ponto, o romance secreto entre um oficial japonês e uma atriz ligada à resistência local. Ela foi infiltrada para seduzir o oficial para que seus colegas possam eliminá-lo. A atriz que faz a espiã (Wei Tang) é boa em cena, fica dividida entre os dois lados em conflito e consegue ser bastante convincente. No fim, a sua personagem mostra que foi subjugada pelo amor, paixão ou algo nessa linha. Não é um filme banal. É uma experiência interessante. Uma das melhores cenas é aquela em que os resistentes matam um homem a facadas, é grotesca, arrepiante. Coisa parecida pode ser dita das inúmeras cenas de sexo. Brutais, intensas (especialmente a primeira). São cenas fortes, não estou certo se gostei ou não, mas causam impacto na tela.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Ainda Vidas Secas

Leio um ensaio de Álvaro Lins sobre a obra de Graciliano Ramos. Achei incrível. Chama-se "Valores e misérias das vidas secas". O texto põe luz sobre a obra de Graciliano Ramos até ali (o ano é 1947): "Caetés", "São Bernardo", "Angústia", "Vidas Secas", "Infância" e "Insônia". Fala sobre qualidades e problemas nos livros, os quais o ensaísta separa entre romances, novelas, contos (e "alguns monólogos que não podem ser chamados de contos"). Mesmo claramente admirado com a grandeza de quem ele classifica como "um verdadeiro artista, um escritor da mais alta categoria", Lins não deixa de apontar fragilidades na obra, indicar desníveis entre livros, e separar o que é bom e o que é ruim dentro do mesmo livro. Lins se mostra um crítico honesto, sem concessões. Ele, por exemplo, destrói "Caetés", livro de estréia de Graciliano Ramos. Diz que é indigno de qualquer escritor, ainda mais se esse escritor é o mesmo autor de "Angústia" e "Vidas Secas", apresentados como exemplo de acabamento superior, obras-primas. Como seria bom se as pessoas que escrevem perseguissem a clareza de idéias, sem simplificar as coisas, e produzissem uma leitura tão deliciosa como a de Lins. Um dia chego lá.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Saudade

Feliz. É o meu nome desde que a minha pequena voltou de um período de mais de 20 dias em companhia da mãe. Ela está de férias, a mãe passa o ano inteiro longe. Esse foi o momento para estarem juntas. E o momento de eu ficar longe, mesmo contra a vontade, claro. Mas não brigo por isso, não ajo de forma mesquinha. Não que não queira (até quero), mas não pega bem. Tenho gostado de ser pai de uma menina. Venho aprendendo esse ofício, exerço miseravelmente, tateando, desde os primeiros dias. Ontem fui para o computador com ela mostrar como eram os desenhos que eu via na infância. Mostrei imagens de coisas da velhíssima guarda. Formiga Atômica, Galaxy Trio, Manda-chuva, Lula Lelé, Pepe Legal, Zé Colméia, Os Flintstones, Os Jetsons... Ela acompanhou tudo com a curiosidade de quem visita um museu. Mas, claro, quem disse que museus não podem ser divertidos? Depois disso, fomos jogar com a Turma da Mônica, atividade que a deixou bem mais interessada. Ela me segurou nisso, inclusive, bem mais tempo que eu planejava (apesar dos meus protestos). A pequena sabe que estou cheio de saudade. E ela aproveita, a malandra.

Graciliano

Terminei a leitura de "Vidas Secas", de Graciliano Ramos. É um negócio acompanhar essa família. A história se passa num recorte que se situa desde uma peregrinação inicial (para o que parece ser a morte certa) até uma peregrinação final para o que pode ser um encontro com a redenção. Graciliano sabe construir imagens. Ele trabalha o tempo todo dentro da cabeça dos personagens, nos leva até lá e descortina medos, aflições. Até a cachorra Baleia sofre o escrutínio e a vemos tornar-se um personagem que tem juízo sobre essa ou aquela atitude de seus donos e, como os outros, reage, sente carinho, medo, raiva, etc. (E que episódio lindo e triste, de um jeito terrível, aquele da perseguição ao animal). Fabiano domina a história. Que personagem! Difícil não se conectar imediatamente. Um homem sem nenhuma instrução, que não gosta de palavras (não sabe o que fazer com elas) nem de gente, parece mesmo um bicho. Ele vive bem com seu pequenino repertório textual e, no entanto, lá dentro dele, tudo acontece. Um inferno o consome. Tanta ternura, tanta miséria. Graciliano é grande. Sabemos que está ali descrito um retrato de uma gente específica, de uma região determinada. Sobre isso não há dúvida. Mas estão ali todos nós. Cabe a humanidade inteira nesse pequenino universo.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Sozinho

Se eu não fosse um dependente crônico de uma parceira de vida, viveria muito bem sozinho. Parece um paradoxo dizer isso, mas não é. Gosto muito de ficar sozinho. E meu casamento funciona com a instrução clara, honesta, de que preciso de meus momentos sem ninguém por perto. Adoro ficar só, fazer coisas sozinho, me mover em casa sem outra pessoa (vale para mulher, filhos e cachorro). Só eu mesmo, meus livros, discos, filmes, minhas receitas, algumas garrafas de vinho e, no máximo, minhas revistas de mulher pelada... ok, deleta essa última parte.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Nova série, parece coisa muito boa, a julgar pelo episódio piloto: "Modern Family". E ainda comédia.

*

Muito bom o episódio final da quarta temporada de "The Office". De repente, um monte de coisa aconteceu num único episódio que deixou várias histórias no meio para a próxima temporada. Steve Carell é o protagonista Michael Scott, que nunca está menos que hilário em cada episódio. Não poucas vezes quem rouba a cena é o ator Rainn Wilson (talentosíssimo), que faz o personagem Dwight. O ponto alto são os textos. É uma ótima sacada trabalhar o dia-a-dia de uma pequena empresa e haja criatividade para tantas e tão inspiradas histórias. Nessa season four, até Eloá eu consegui arrastar para ver comigo alguns episódios. Vamos agora à quinta temporada.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Sem noção

É estranho para um ser humano como eu, que pouco conversa com estranhos, se bater com gente tão desinibida. Já disse aqui que barbeiro e taxista são uma raça infernal, sempre puxando conversa, sempre falando demais. É muito agradável - e raro - quando a gente encontra um motorista de táxi que se limita a responder ao seu bom-dia e a perguntar o itinerário. Tem ainda aqueles que resolvem ligar o som do carro, esses são os piores. Sempre os decibéis estão acima do recomendado. É preciso pedir educadamente que o cara abaixe o volume ou desligue, já que não é possível simplesmente trucidar o desgraçado. Outro dia, liguei numa empresa dessas de gás. Veio um funcionário. Foram dez ou doze minutos enquanto ele entrava em minha casa, trocava um botijão vazio por um cheio. Pois foram dez ou doz minutos de tagarelice. O infeliz não parava de falar. Sua teoria era que enquanto gente boa como eu (bom? eu? quis perguntar "vem cá, eu te conheço?"), enfim, ele dizia que enquanto gente boa como eu vivia preso na própria casa, cercado de grades e tal, a badidagem vivia solta. Eu não me atrevia a dar opinião. Nessas horas, não se pode dar chance para mais discurso. Tudo que eu queria era que o cara sumisse. E se explodisse com o gás, tanto melhor.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Fabiano

Leitura é o meu espinafre. O ano começou assim, assim (como sempre), mas já melhora muito desde que entrei na barcaça de Vidas Secas, de Graciliano Ramos. E vou entrando na história e lembrando aos poucos. O personagem Fabiano, pai daquela família miserável, é muito interessante de acompanhar. Lembro da sensação que tive dele falando sozinho, com orgulho: "Você é um bicho, Fabiano". Isso num homem descrito como de pouca ou quase nenhuma conversa. Esse começo do livro narra coisas bem difíceis, uma travessia que perturba, parece que vamos presenciar a desgraça de um por um dos membros daquela família. A descrição da morte do papagaio não prenuncia coisas boas, menos ainda a presença de urubus ao redor. Mas felizmente fatos vão ocorrer que mudam esse cenário. E estou nessa passagem de mudança que o segundo capitulo detalha. Até agora, acompanhar essas páginas tem sido um prazer.
Prêmios e bilheteria superlativa não necessariamente tem a ver com bom filme. Cansamos de ter notícia de filme ótimo esquecido por premiações importantes ou que não fazem números vistosos. Nada tenho contra o sucesso de público, é bom ver que "Avatar" está indo muito bem. Acho realmente que o êxito de Cameron é bom para a indústria como um todo, anima todo mundo, ajuda até os marginais, alternativos, indies. E atrasa a morte anunciada do cinema (ou o desinteresse crescente) ante as outras mídias.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Vidas secas

Começo "Vidas Secas", livro de Graciliano Ramos. É um livro muito conhecido, claro. Do autor, só tinha lido "São Bernardo", que li duas vezes. E gosto muito. Comecei a ler "Vidas Secas" há alguns anos e não lembro porque não fui até o fim. Lembro que gostei do que li, especialmente do capítulo em que o cachorro precisa ser sacrificado. É uma agonia. Não estou estragando nada, porque de fato não sei o que acontece a seguir (espero que o cachorro se salve). Primeiro livro de 2010. Creio que começo bem.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Adriana

Adriana Esteves, que sempre foi boa atriz, está extraordinária em "Dalva e Herivelto". Aliás, essa minissérie é uma daquelas boas coisas que aparecem na TV de vez em quando.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Minha amiguinha Juliana não perde muito por não assistir à "Flashforward". A nova série tem uma idéia bem interessante, mas não tem um desenvolvimento à altura. Enquanto isso, chego à quarta temporada de "The Office", que está cada vez melhor.

O que deu pra ver

Aproveitei o período de festas pra comemorar vendo alguns filmes. Deu para diminuir um pouco meu monumental atraso. Vi alguns muito bons como "O Lutador", que me fez chorar feito uma criancinha com aquela relação pai e filha do Mickey Rourke (que está excepcional em cena) e Evan Rachel Wood. De quebra ainda tem uma Marisa Tomei em ótima forma (física, sim, mas também num bom trabalho de atriz). Gostei também de "Foi apenas um sonho", que reúne Leonardo DiCaprio e Kate Winslet pela primeira vez depois de Titanic. O filme é muito interessante sobre um casal que tem sua vidinha no subúrbio, filhos, um trabalho normal, mas sofre porque ambos gostariam de ter feito algo mais da vida (pensei em minha própria vida, claro). Quando surge a idéia de largar tudo e parece que finalmente vão fazer algo extraordinário, as coisas se complicam até um final trágico. Outro filme que achei que vale a pena é "Inimigos públicos". É da grife Michael Mann, o diretor de coisas bem legais como "Colateral" e "Fogo contra fogo". Confesso que não morri de amores (como 10 entre 10 críticos que se derreteram), mas também não digo que seja um filme menor. Tem momentos inspirados na caçada do policial Christian Bale ao charmoso e bem intecionado bandido Johnny Depp, apesar de me parecer tudo meio frio. É totalmente outro estilo, mas gostei bem mais de "Star Trek", a re-imaginação da famosa série por J.J.Abrams, é muito divertido. Fora Star Wars, não sou fã de filmes de batalhas no espaço, mas abro uma honrosa exceção para este trabalho do criador das séries "Fringe" e "Alias", além da direção do episódio 3 do filme "Missão Impossível". Nesse período de recesso, vi ainda "O Terminal", filme de Spielberg que traz o personagem de Tom Hanks preso num aeroporto americano, porque seu país sofre um golpe de Estado. Spielberg tira leite de pedra e faz um drama nada banal. Nem tudo que Tom Hanks faz me agrada, porém, quando bem dirigido, ele já mostrou que pode oferecer interpretações bem interessantes. Foi bem menos legal que eu esperava a seqüência de "Os Normais". O primeiro filme com Fernanda Torres e Luis Fernando Guimarães era algo engraçado, escroto e ampliou o que já era legal de ver na série exibida na TV. Essa segunda parte não consegue ter o mesmo bom resultado (os números musicais são o que há de melhor no longa). Assisti a "A proposta" pra ver a Sandra Bullock nua. Mas só um bestalhão como eu acha que vai ver alguma coisa nessas comédias românticas sem sal nem açúcar. Até a novela das oito mostra mais nudez que aquela que Sandra apresenta em cena. Se o filme, pelo menos, fosse bom... (a propósito, a melhor comédia romântica que vi nos últimos tempos se chama "500 dias com ela"). Teve ainda "Até o fim", filme de 2001, anunciado como tendo feito sucesso em festivais como o de Sundance e Cannes. Poderia ser um suspense interessante, mas é só perda de tempo. O filme documentário "Coração Vagabundo", que segue a turnê internacional de Caetano Veloso, não me impressionou. Serve mais como curiosidade sobre um personagem conhecido do showbiz nacional, que tem fãs até no japão. Gostei de rever o "Homem de Ferro" do Robert Downey Jr., um filme que confirma a boa impressão que tive no cinema. É conciso, sem firulas, e tem Downey Jr. em ótima forma, recussitado dos mortos. Gostei bastante de rever "Cães de aluguel", do Tarantino. Não lembrava mais que Tim Roth era o policial infiltrado na gangue de assaltantes. Sou fã de Tim Roth. Esse filme traz um elenco tremendo: Harvey Keitel, Michael Madsen, Steve Buscemi e o próprio Quentin Tarantino. Tem aquela montagem toda recortada, já típica do diretor, cheia de flashback, idas e voltas. É um filme todinho feito para se chegar àquele final arrasador, quando Roth, numa poça de sangue, fala a Harvey Keitel, quem ele é realmente. Um negócio tremendo.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Avatar

1. Filme longo na duração, mas eu fui daqueles que não percebeu o tempo passar. Avatar é um filmão de Cameron, que marca mais um gol (tudo que o cara faz é muito bom).

2. Não acreditava que tudo em Pandora é criação digital, isso é realmente de cair o queixo. A história é uma grande aventura à moda antiga apesar das centenas de milhões gastos em efeitos de última geração.

3. Apesar da propaganda toda, não fiquei à vontade com o 3d. Tive a sensação de que não perderia nada em uma cópia normal, em 2d.

4. Em geral, não dou muita bola para histórias de guerra e também tenho dificuldades com filmes que usam bonecos digitais que substituem atores. Essa técnica evoluiu muito, mas até conhecer Avatar eu virava a cara. Cameron soube manter expressões de seus atores, intrepretação, trejeitos, tudo de uma maneira que pareceu bastante natural e convincente.

5. Fui ver quem era a Na'vi fêmea que faz a mocinha da história. É a atriz Zoe Saldana, que faz também Star Trek (e ela é uma lindeza).

6. Não que ela esteja ruim, mas confesso que esperava mais de Sigourney Weaver, uma atriz que adoro. E o Sam Worthington, que já havia visto em T-4, confirma o bom trabalho e nessa linha promete coisas bem boas no cinema.

7. O filme funciona bem, apesar do blá blá blá ecológico (achei muito bobo esse recheio, um dos poucos pontos fracos de um bom filme). Sorte que o longa compensa esse traço politicamente correto com uma história bem contada, orgânica, que empolga.

8. Ao contrário de muita gente, gostei do vilão. É típico, é caricato, mas é um ponto de contraste forte para o herói. Mesmo sendo uma repetição de uma dúzia de vilões iguais de outros filmes.

10. Ok, o filme também é a repetição da mesma história de sempre (ou do tempo em que se faziam boas aventuras). Não é um filme que se esquece quando as luzes acendem. Isso é veneno de crítico mal-humorado.