sábado, 23 de maio de 2009

Mulheres perfeitas


A ciência e a tecnologia avançam. Tudo indica que num futuro próximo será possível comprar numa loja bonecas tão perfeitas quanto uma mulher de verdade. Li uma reportagem sobre isso. Seria uma ótima saída para quem gosta da companhia feminina, mas não suporta os dissabores de um relacionamento. Por isso, já escolhi o meu modelo. Quem sabe na próxima ida ao mercado eu não traga para casa no meio das compras a minha réplica da atriz Summer Glau, que aparece na foto acima? Ela é um ciborgue na série americana "Terminator: The Sarah Connor Chronicles". Uma mulher que só fala quando a gente programa, que não discute a relação e que nunca tem TPM? Que mais um homem pode querer da vida?

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Não tem esse negócio de prato preferido comigo. O meu preferido é o prato bem feito, gostoso. Mas tenho sido cada dia mais apreciador de feijoada. Lendo o blog do Luiz Américo, concordo quando ele fala que comer feijoada é um ritual, geralmente reservado aos sábados. Pelo menos comigo tem sido assim. Em geral, ela rende até a segunda-feira e ninguém reclama lá em casa, todos comemos e repetimos felizes da vida. Eu sou um cara que toda semana preparo um cardápio diferente, a cozinha é minha entre sábado e domingo e sinto falta quando não me sobra tempo pra cozinhar. Por exemplo: estava fazendo um curso nesse fim de semana passado (e seriam dois finais de semana seguidos sem cozinhar). A abstinência me subiu a cabeça a tal ponto que eu cheguei em casa do curso no sábado à noite e fui direto para a cozinha. Algumas horas depois estava pronto o crime. Sei que é politicamente incorreto (crianças, não façam isso em casa!), mas sentei para saborear minha feijoada depois das dez da noite. E digo: nunca fui tão feliz em toda a minha vida, nem quando entrevistei a Simone Spoladore.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Alice

Estou com saudade de Andréia Horta, a atriz que interpretou o personagem título da telessérie Alice, da HBO. Tinha muita vontade de ver Alice, que depois se mostrou deliciosa (obviamente, não me refiro apenas às inúmeras cenas da Andréia sem roupa). A série é muito bacana, centrada em São Paulo, com a personagem vinda de uma pequena cidade de Tocantins e se deixando fisgar pela metrópole. O último episódio, só consegui ver ontem (precisava conciliar com o melhor horário e em momentos em que que o humor de Eloá estivesse favorável). Alice terminou com cara de telenovela (o que não é exatamente um demérito), com direito a casamento e a personagem tendo uma revelação importante sobre o seu passado. Tudo bem que o casamento foi entre duas mulheres e a revelação levou Alice ao cenário absolutamente incomum de um deserto imenso. Ao longo dos episódios, ela comeu o pão que o diabo amassou, mas venceu. O trabalho e os contatos que fez em São Paulo a ajudaram a chegar lá. A trilha da série é bem legal e em poucas doses como deve ser. O elenco é muito bom, com participações várias de nomes conhecidos. Pena que terminou sem sinal de que haverá uma segunda temporada.

domingo, 17 de maio de 2009

Era uma vez

Depois de ler um romance, Mário de Andrade ficou puto com o autor. Ele elogiou o livro, mas reclamou em uma carta que o escritor fez muito mal em matar uma determinada personagem feminina da trama. Eu senti coisa parecida depois de ver o filme "Era uma vez" hoje. Antes de tudo, é legal dizer que Breno Silveira é um diretor que vai sempre me fazer ficar curioso por suas coisas. Ele estreou com "Dois filhos de Francisco", que gosto bastante, e seu segundo trabalho é esse "Era uma vez", estreado nos cinemas ano passado. A primeira coisa que achei boa foi o título. Que, se a gente pensar bem, antecipa informações sobre o próprio Breno. Ele gosta de trabalhar com o repertório do público, gosta de trabalhar com clichês. Não vejo mal nisso, tudo está valendo desde que seja feito bem feitinho, com talento, tendo algo para dizer.

"Era uma vez" é um trabalho envolvente, com umas coisas de imagens bem interessantes e um elenco simpático. É um filme cheio de tensão e com algumas cenas bem violentas. O personagem principal, Dé, é feito pelo jovem ator Thiago Martins, que está bem cativante em cena. Assim como a novata Vitória Frate está do tamanho que se espera de uma princesa de conto de fadas; bela, graciosa e entregue ao papel. O que é muito bom, até surpreendente: Rocco Pitanga, ator que faz o irmão criminoso de Dé. Rocco alterna ternura, lealdade e terror como só atores muito bons conseguem. Tiro o chapéu para sua performance. Ele está maravilhoso. Se não fizer mais nada que preste daqui por diante, já valeu. Mas espero que ele mostre mais personas tão complexas quanto essa em seus próximos trabalhos.

Me incomodou muito o fim trágico do romance. Tudo leva a crer que a história caminha para uma direção, mas do meio pro fim, Breno começa a armar sua bomba e reedita a tragédia de Shakespeare na calçada de Ipanema. Fiquei decepcionado, apesar de aquela cena pós-letreiro abrir uma perspectiva interessante. O fato é que ficaria muito mais feliz se em vez da tragédia, o casal conseguisse fugir para uma praia no Nordeste, como eles tinham planejado.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Subvertendo o nome da canção de Noel Rosa, essa é a garota que é sempre um palpite feliz. Franklin vai ficar chateado porque mais uma vez não estou falando dos buracos na rua. É que tenho apego a coisa boa. Renato Aragão, lá na pré-história, fazia um personagem que passava o dedo nas moças e lambia em seguida (o dedo). E suspirava: "bicho bom, pai". Eu vejo esse ensaio de Pitty em seu site e penso a mesmíssima coisa. Mas fico só no pensamento, porque sou um rapaz sério.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Sobre mãe e terminator

Minha mulher queria que eu a acompanhasse até a casa da sua mãe no domingo. Era o almoço costumeiro de Dia das Mães. Eu estava impossibilitado devido às quase doze horas de farra do dia anterior para marcar o meu aniversário. Brigamos e ela acabou indo sozinha ver a mamãe. É ruim desagradar a patroa desse jeito. Mas a vida continua e se houve um ganho nessa história foi eu ter visto os primeiros episódios de "Terminator: The Sarah Connor Chronicles". A série é feita sobre o espólio da trilogia Exterminador do Futuro, o famoso filme iniciado com James Cameron (aliás os dois primeiros dirigidos por Cameron são muito bons e eu não desgosto do terceiro, a Rebelião das Máquinas). A série não está no nível dos filmes, nem mesmo do terceiro. Mas agrada quem acompanhou e tem interesse na franquia. É o meu caso. Por incrível que pareça todo meu interesse na série surgiu em um momento. Foi quando eu vi a capa do DVD com a imagem da mocinha que faz o robô. É uma imagem bela e forte. A foto me parece superior à própria série, pelo menos melhor que os dois ou três primeiros capítulos que vi. É uma comparação esdrúxula. Mas é que gostei mesmo da foto.
"Eu não acredito em moral, em religião, em instâncias superiores de qualquer natureza. Acredito apenas em tentarmos ser felizes, enquanto ainda estamos vivos, do jeito que for possível. Minha única restrição é: não vale ferir os outros. Se você chama isto de pragmatismo, tudo bem. O problema das religiões é o mesmo da filosofia marxista: acreditar que o ser humano é intrinsecamente bom e que basta dar uma oportunidade para que todos sejam generosos e bonzinhos. Eu acho o oposto: os seres humanos são egoístas, cruéis e indiferentes aos outros. E não tendem a melhorar." Woody Allen

A era do escândalo

Estou gostando bem menos de "A Era do Escândalo", livro de Mário Rosa, do que achei que fosse gostar. Fiquei inclinado a ler depois que minhas amigas de clube de leitura elogiaram. Há mesmo coisas bem legais, como a primeira história que trata da tragêdia com o vôo da Tam e o case sobre o apagão no governo FHC. No geral, estou achando o livro de uma redundância irritante e de um didatismo excessivo. Antes de chegar à primeira página, quase desisto, porque há diversos textos de apresentação que funcionam mais para espantar o leitor e dizer: "se prepare para uma chatice sem fim". Mas não é isso que ocorre. Essas páginas e páginas de preparação é que são um pé no saco. O livro em si é melhor (pelo menos até onde cheguei, cerca de um terço). Mas que se entenda: se por um lado, em menos da metade do espaço seria possível dizer a mesma coisa (e melhor), por outro, nos dá a sensação de que faltou detalhar mais em certos momentos. Conclusão: faltou editor eficiente. Tomara Deus que não seja aqueles livros que a gente lê saltando páginas para acabar logo.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Larry Rohter

Terminei "Deu no New York Times", livro que reúne reportagens do correspondente americano Larry Rohter. Gosto da escrita do Rother, embora boa parte das matérias perca a força porque foram escritas para ter um determinado tempo de vida, o que é normal para jornal (mas não para livro). As matérias, divididas em blocos, têm uma introdução que explica seu contexto e situa o leitor quanto à sua repercussão à época. Algumas coisas são bem interessantes, especialmente o primeiro capítulo sobre cultura e, em parte, o capítulo que trata de sociedade. O mais divertido é ver o estranhamento do repórter com certos hábitos e cultura locais.

O tempo inteiro ele faz um paralelo entre o Brasil e outros países onde trabalhou e principalmante - e isso é irritante - mostra o quanto somos atrasados na comparação com os Estados Unidos e a Europa. Ele se defende quanto a isso. Diz que faz esse paralelo com freqüência porque identificou no Brasil uma tendência muito forte para esconder suas mazelas e atribuir parte dos seus problemas à ação dos estrangeiros. Nos capítulos que tratam de política nacional e de política internacional, ele mostra toda a sua desaprovação ao governo Lula, que tentou expulsá-lo do país após publicação de matéria sobre o hábito de beber do presidente. O livro desanca o governo e o PT. E fala um pouco desse histórico. Segundo Rother, o partido não gostava dele mesmo antes de chegar ao poder e a relação só piorou depois.

Ele tenta ser equilibrado na forma, mas o conteúdo é inequívoco e deixa clara sua posição sobre uma série de questões. E ele desce a porrada a torto e a direito. E isso é bom.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Séries

Sobrevivi ao feriadão com doses generosas dos seriados "Em terapia", "30 Rock" e até "Prison Break", cuja quarta temporada comecei a ver. Novidade total para mim, "30 Rock" é muito divertido e inteligente. As histórias ocorrem nos bastidores de um programa de TV, focando sua equipe de criação, uma produtora muito simpática que protagoniza as histórias, e o chefão de todos, vivido por um Alec Baldwin engraçadíssimo. Ainda estou nos primeiros episódios, mas feliz da vida pela quantidade que me espera. Se todos forem do mesmo nível dos três primeiros, eu estou feito.

Monstros vs. Alienígenas

Então fui com a filha e com Eloá, no fim de semana, ver um filme de criança, desses que às vezes queremos ver mais até do que os filhos. "Monstros vs. Alienígenas", animação da Dreamworks, é divertido, tem um bom timing, mas seria muito menos interessante se não fosse a personagem "Susan" (ou "Ginórmica"), a moça que é atingida por um meteoro e fica gigantesca. Na história, vêm à tona todos aqueles filmes que tratam de ameaças nucleares, segredos militares e perigo de uma destruição mundial. O roteiro brinca bastante com a posição dos EUA como epicentro de qualquer conflito em larga escala e apresenta um presidente tão escroto e risível, que vale a pena ver. A história ganha mais movimento na segunda parte quando entra em cena um vilão bobo e vaidoso, uma caricatura de tantos vilões que já vimos nas telas. É um filme para crianças maiores, tem muita ação, suspense e até um certo clima de terror. Minha filhinha foi a mais entusiasmada defensora do filme, quando conversamos depois da sessão. Eloá gostou tanto que disse que quase dormiu em uma determinada hora. Eu estou mais no time da minha pequena. Me diverti muito.