terça-feira, 5 de janeiro de 2010

O que deu pra ver

Aproveitei o período de festas pra comemorar vendo alguns filmes. Deu para diminuir um pouco meu monumental atraso. Vi alguns muito bons como "O Lutador", que me fez chorar feito uma criancinha com aquela relação pai e filha do Mickey Rourke (que está excepcional em cena) e Evan Rachel Wood. De quebra ainda tem uma Marisa Tomei em ótima forma (física, sim, mas também num bom trabalho de atriz). Gostei também de "Foi apenas um sonho", que reúne Leonardo DiCaprio e Kate Winslet pela primeira vez depois de Titanic. O filme é muito interessante sobre um casal que tem sua vidinha no subúrbio, filhos, um trabalho normal, mas sofre porque ambos gostariam de ter feito algo mais da vida (pensei em minha própria vida, claro). Quando surge a idéia de largar tudo e parece que finalmente vão fazer algo extraordinário, as coisas se complicam até um final trágico. Outro filme que achei que vale a pena é "Inimigos públicos". É da grife Michael Mann, o diretor de coisas bem legais como "Colateral" e "Fogo contra fogo". Confesso que não morri de amores (como 10 entre 10 críticos que se derreteram), mas também não digo que seja um filme menor. Tem momentos inspirados na caçada do policial Christian Bale ao charmoso e bem intecionado bandido Johnny Depp, apesar de me parecer tudo meio frio. É totalmente outro estilo, mas gostei bem mais de "Star Trek", a re-imaginação da famosa série por J.J.Abrams, é muito divertido. Fora Star Wars, não sou fã de filmes de batalhas no espaço, mas abro uma honrosa exceção para este trabalho do criador das séries "Fringe" e "Alias", além da direção do episódio 3 do filme "Missão Impossível". Nesse período de recesso, vi ainda "O Terminal", filme de Spielberg que traz o personagem de Tom Hanks preso num aeroporto americano, porque seu país sofre um golpe de Estado. Spielberg tira leite de pedra e faz um drama nada banal. Nem tudo que Tom Hanks faz me agrada, porém, quando bem dirigido, ele já mostrou que pode oferecer interpretações bem interessantes. Foi bem menos legal que eu esperava a seqüência de "Os Normais". O primeiro filme com Fernanda Torres e Luis Fernando Guimarães era algo engraçado, escroto e ampliou o que já era legal de ver na série exibida na TV. Essa segunda parte não consegue ter o mesmo bom resultado (os números musicais são o que há de melhor no longa). Assisti a "A proposta" pra ver a Sandra Bullock nua. Mas só um bestalhão como eu acha que vai ver alguma coisa nessas comédias românticas sem sal nem açúcar. Até a novela das oito mostra mais nudez que aquela que Sandra apresenta em cena. Se o filme, pelo menos, fosse bom... (a propósito, a melhor comédia romântica que vi nos últimos tempos se chama "500 dias com ela"). Teve ainda "Até o fim", filme de 2001, anunciado como tendo feito sucesso em festivais como o de Sundance e Cannes. Poderia ser um suspense interessante, mas é só perda de tempo. O filme documentário "Coração Vagabundo", que segue a turnê internacional de Caetano Veloso, não me impressionou. Serve mais como curiosidade sobre um personagem conhecido do showbiz nacional, que tem fãs até no japão. Gostei de rever o "Homem de Ferro" do Robert Downey Jr., um filme que confirma a boa impressão que tive no cinema. É conciso, sem firulas, e tem Downey Jr. em ótima forma, recussitado dos mortos. Gostei bastante de rever "Cães de aluguel", do Tarantino. Não lembrava mais que Tim Roth era o policial infiltrado na gangue de assaltantes. Sou fã de Tim Roth. Esse filme traz um elenco tremendo: Harvey Keitel, Michael Madsen, Steve Buscemi e o próprio Quentin Tarantino. Tem aquela montagem toda recortada, já típica do diretor, cheia de flashback, idas e voltas. É um filme todinho feito para se chegar àquele final arrasador, quando Roth, numa poça de sangue, fala a Harvey Keitel, quem ele é realmente. Um negócio tremendo.

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