segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Mother

Assisti a esse filme coreano "Mother". Gostei muito. Há algum tempo, li sobre o cinema oriental um texto que dizia que era daquelas bandas que vinha o sopro de renovação do cinema atual. Não deixo de concordar. As coisas que tenho visto são muito boas. "Mother" tem todas as atenções voltadas para essa mãe que faz o que pode para provar a inocência do filho, acusado de assassinato. O menino é estranho e esquentado, dorme com a mãe na mesma cama, está doido para ter a primeira relação sexual e tem surtos de esquecimento. A mãe também não é lá muito normal (quem de nós somos?). O filme tem seqüências intrigantes, não entendi nada quando vi a cena inicial com a mãe dançando. É esquisito. Mais tarde vamos entender essa cena e faz muito sentido. O filme tem seu quê de original, surpreende sem usar de artifício, se vale da própria história. Uma história, aliás, de suspense até banal, mas contada de uma maneira que faz a diferença. E a velha senhora, a mãe, é uma atriz e tanto. O elenco é muito gracioso. Gosto muito da cena com o velho naquela casa abandonada. Forte.

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La belle personne

Indicação de amigo, vi um bonito filme francês, "A Bela Junie" (ou ainda melhor no original, "La belle personne"). Fiquei com puta saudade da escola e fiquei com ciúmes (assisti com Eloá do lado). Nem tinha muito motivo pra ciúme, o único pegador da trama não se dá tão bem assim no final. No começo, quando os personagens começam a aparecer, não tive boa impressão. Achei que seria filme sobre "quem ficou com quem" por aí. Mas não é. As coisas vão se definindo, até fechar num certo triângulo. Apesar de contar uma história sem final feliz (ih, estraguei?), tudo é muito leve, a trilha é deliciosa, delicada. O diretor faz umas coisas simples que surtem um efeito grande, bacana. Como na cena que o rapaz sai cantando baixinho e a música aparece pra gente. É uma seqüência importante que vai conduzir a um momento trágico e definir o rumos dos personagens. Foi bom ver a Paris retratada, quase não parece Paris, senão por um pedaço da Torre Eiffel. No resto são salas de aula, pátio, jardins, metrô e cafés. O que achei curioso é que todos os atores em cena são bonitos, parece um catálogo de moda. Bom de ver, claro, mas a vida real é tão estonteantemente bela? Independente de qualquer coisa, o mais importante é que é um bom filme. Um bom programa.

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