quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

A música segundo Tom Jobim

Vontade de chorar eu tive em pelo menos dois momentos do filme "A música segundo Tom Jobim", de Nelson Pereira dos Santos. Uma é quando aparece Nara Leão cantando "Dindí", daquele jeito dela, maravilhoso. Outra é quando Elis aparece, sapeca, rindo, exuberante, cantando "Águas de Março", com o próprio Tom.

Outros momentos bons, ótimos, estão neste filme lindinho sobre as canções do compositor. E Gal Costa, no início, cantando "Se todos fossem iguais a você", é um desses momentos. Linda Gal.

Eu fiquei doidinho pra ver esse filme desde que soube que ele estava sendo feito. E queria, desde sempre, que minha filha fosse junto. Ela fez dez anos outro dia, pediu para eu não chamar mais de garotinha, quer "mocinha" agora. Tudo bem. Esá crescendo, já pode começar a ver umas coisas mais sofisticadas.

Ela, que só conhecia "Garota de Ipanema", disse ter gostado do que viu. Tanto que prometi lhe comprar o DVD quando sair nas lojas. Bom isso.

Não achei o filme cansativo. É mesmo um grande clipe, com canções, uma depois da outra, mas o trabalho de montagem é feito por um mestre e tudo é tão bem amarrado, que vira mesmo um texto sem palavras, sem explicações desnecessárias. Nem mesmo a identificação de queme stá cantando o quê. Confesso que senti falta disso, mas não foi nada que tenha me prejudicado a fruição. Entendi a proposta de Nelson e, no final das contas, achei que a identificação não é essencial.

As informações aparecem no final e vemos que constelação de estrelas nacionais e internacionais desfilam pela tela. Para mim um dos momentos de baixa foi a participação de Carlinhos Brown - olha só, em geral, gosto de Brown - mas parar a música no meio, pedir às pessoas que coloquem a mão no coração e começar a batucar mimetizando as batidas cardíacas, me pareceu meio ridículo.

Nada que prejudique o sentimento de que se está diante de um filme importante. E delicioso.


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