terça-feira, 16 de novembro de 2010

True Blood

Alma lavada e enxaquada com essa terceira temporada de True Blood. Me diverti muito. Os primeiros episódios me assustaram um pouco, achei essa coisa de lobisomen meio sem graça. Achei que a série estava perdendo sua verve sarcástica, auto-irônica, iconoclasta e pervertida. Não perdeu. Mas é preciso admitir que a ação continuada deu lugar a sequências mais contemplativas, de auto-conhecimento dos personagens. Uma das coisas boas era os finais que me deixavam com a respiração suspensa e em cólicas, agoniado para ver o episódio seguinte. Isso pouco aconteceu nessa terceira temporada. Exceção para aquela cena incrível - inusualmente longa - em que o rei do Mississipi, Russell Edgington (interpretado por Denis O'Hare), dispara aquele monólogo de arrepiar. Bem no estômago. Bem True Blood. Fiquei paralisado uns momentos. O autor da série, Alan Ball, fez um troço ousado e memorável. Por coisas como esse monólogo, vale a pena demais ver True Blood. Essa terceira temporada não é a melhor de todas, mas está longe de ser ruim. As tramas menores, algumas me irritaram - alô, Lafayette! - mas houve aquelas que me capturaram e me ganharam totalmente - olá, Jéssica. Essa vampirinha é cativante, linda e irresistível com seu jeito entre a sobrenatural selvagem e a moça apaixonada. Podem falar mal da série, eu vou continuar fissurado. É o tipo de programa que um personagem aqui, uma cena bem dirigida acolá, um diálogo mais inspirado adiante, pagam muito bem tudo de menos legal que venha antes ou depois. E o menos legal, em se tratando de True Blood, ainda assim é melhor que muita coisa que está rolando por aí. Meu único protesto é que a rainha Sophie-Anne, a lindinha Rachel Evan Wood, apareça tão pouco. No mais, desejo vida longa à serie. Vou aguardar ansioso o próximo ano.

***

E que bom retorno esse de "Modern Family", hein! Na segunda temporada, continua tudo igual: texto bacana e inteligente, elenco em boa forma (incluindo as crianças) e a graça de situações do dia-a-dia, banais até, mas apresentadas num recorte que faz toda a a diferença. É a minha comédia preferida no momento. Quando é preciso desligar dos problemas e se transportar, esse é o programa.

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