terça-feira, 2 de novembro de 2010

A vida editada é muito melhor

O filme do Jabor fez muito sentido para mim. Eu tenho essa idéia que a suprema felicidade é um passado que não volta. A vida é um negócio gostoso demais, viver é muito bom. Mas não sabemos disso no dia a dia. No dia a dia, a vida é chata, sem graça, tacanha. Quando olhamos para trás, no entanto, a vida cresce, se agiganta, ganha significado que a gente não pensava antes e que no presente faz todo o sentido. Essa teoria quer dizer o seguinte, o passado a gente edita. Fica na memória as coisas marcantes, boas ou más, pouco importa. Esse conjunto editadinho, forte, cresce ainda mais em força e significado com o tempo. Eliminamos os tempos mortos. Eliminamos as pausas, o tempo de espera na ante-sala do dentista. Por isso, o passado é sempre melhor. A vida editada é muito melhor que a vida normal, corrida, vivida. O passado editado (às vezes reinventado) é onde mora a felicidade suprema, real, concreta. A vida não é filme, mas quando pode ser, faz toda a diferença. Resignifica até o presente, dá animo para fazer um futuro bom, azul, promissor. A felicidade é aquilo que não é possível reter na mão, é aquilo que mora apenas na memória.

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O aniversário de Eloá foi muito simpático, show de bola. Quase tudo foi comprado pronto. Mesmo assim foi bacana.

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As pessoas compram pernil suíno pensando em assado. Eu também. Mas outro dia, fiz um delicioso ensopado de pernil. Acompanhei com uma novidade, ao menos para mim, um feijão branco com bacon, e arroz com cenoura. E purê de batata doce. E salada.

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Hoje, feriado, fiz pela primeira vez uma lasanha de soja (adoro soja). E não se engane, pode ser um puta prato. O molho de soja e o molho de tomate são feitos separados e depois unidos na montagem. Show.

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