quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Distrito 9

O início de "Distrito 9", do diretor estreante Neill Blomkamp, me deixou apreensivo. A princípio me incomodou aquele prólogo em forma de documentário com a câmara trêmula. Pensei que talvez não tivesse sido boa idéia ir ao cinema. Os aliens do filme são feios, nojentos e nada simpáticos. Pelo menos no começo. Aos poucos fui me acostumando àquela sujeira, a história vai tomando rumo, as coisas vão ficando claras, a narrativa se impõe. E o filme só cresce até o final. Surpresa boa. Teve gente que opinou que o filme é bom porque usa a sci-fi para tratar de um drama, recordando o apartheid. Não achei. Achei entretenimento puro. Não é um drama social. É um bom filme de ação, com idéias e um ótimo elenco de desconhecidos. Um roteiro bastante original, mesmo que abusando de referências. Foram duas horas muito bem aproveitadas. Passei a dar mais valor ao Peter Jackson que, como produtor, assumiu os riscos de um filme desses, sem estrelas no elenco, com baixo orçamento, respeitando a idéia original, sem ceder ao gosto palatável do público médio. De certa forma, é um filme asqueroso, violento, inclemente, duro. Mas nem por isso deixa de ser um ótimo programa.

Um comentário:

  1. Sobre esse filme, tenho que dizer que gostei do que vi... Principalmente pelo recado que os cineastas estão nos dando, que nós é que somos os vilões... Pandora que o diga!

    ResponderExcluir