
O início de "Distrito 9", do diretor estreante Neill Blomkamp, me deixou apreensivo. A princípio me incomodou aquele prólogo em forma de documentário com a câmara trêmula. Pensei que talvez não tivesse sido boa idéia ir ao cinema. Os aliens do filme são feios, nojentos e nada simpáticos. Pelo menos no começo. Aos poucos fui me acostumando àquela sujeira, a história vai tomando rumo, as coisas vão ficando claras, a narrativa se impõe. E o filme só cresce até o final. Surpresa boa. Teve gente que opinou que o filme é bom porque usa a sci-fi para tratar de um drama, recordando o apartheid. Não achei. Achei entretenimento puro. Não é um drama social. É um bom filme de ação, com idéias e um ótimo elenco de desconhecidos. Um roteiro bastante original, mesmo que abusando de referências. Foram duas horas muito bem aproveitadas. Passei a dar mais valor ao Peter Jackson que, como produtor, assumiu os riscos de um filme desses, sem estrelas no elenco, com baixo orçamento, respeitando a idéia original, sem ceder ao gosto palatável do público médio. De certa forma, é um filme asqueroso, violento, inclemente, duro. Mas nem por isso deixa de ser um ótimo programa.
Sobre esse filme, tenho que dizer que gostei do que vi... Principalmente pelo recado que os cineastas estão nos dando, que nós é que somos os vilões... Pandora que o diga!
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