quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Daí eu ouço Gal Costa cantando "Baby", acompanhada por Caetano Veloso ao violão. E me vem à cabeça uma vida inteira que tive antes, em outra época, quando muito ouvia essas coisas, acompanhava os movimentos, sabia quem lançava discos. Ia fazendo minha vida com essa trilha sonora de música popular brasileira. Com os amigos, na rua, ouvia o rock brasileiro que ainda ecoava forte no final dos anos 80 e em todos os anos 90. Mas dentro de casa, a tilha era de Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal e Bethânia, Dorival Caymmi, João Gilberto, Tom Jobim, entre outros medalhões. Foi o início de adolescência. Não poderia haver trilha melhor, seja a de dentro de casa ou a das ruas. Outro dia Adriana Calcanhoto falava que há uma música brasileira correspondente a cada situação que a gente vive. É possível ilustrar qualquer situação com uma música do nosso cancioneiro. Ela está certa, tem tudo a ver. Tenho essa mania de pensar numa música para cada situação passada, presente ou futura na minha vida. A canção sempre teve um papel importante pra mim. Lembro que quando conquistei a minha primeira namorada; na época escrevia poesia, e fiz então uns dez poemas para serem gravados por ela sob o som do piano de Johannes Brahms. Ficou uma coiisa linda. Até hoje lembro de alguns trechos e me arrepio de lembrar. Música é um troço importante demais. 

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