sexta-feira, 18 de junho de 2010

Voto

As pessoas estão falando bastante nos jogos do mundial de futebol. Mas também muito se fala nas eleições que se aproximam. Depois de 11 de julho, fim da copa, a eleição vai ganhar o primeiro plano do noticiário e dos comentários de bar. Que coisa engraçada, a minha filha pequena, oito anos, me disse ontem que vai votar em Marina Silva. É claro que com essa idade ela não vota em ninguém, mas em toda eleição tem a sua preferência e a manifesta. Marina Silva é aquela candidata que tem a simpatia de uma parte de artistas e intelectuais (Gilberto Gil, Fernando Meireles já manifestaram apoio. Diferente de Rita Lee que disse que ela tem cara de quem está com fome.). Uma amiga me perguntou em quem eu pretendo votar. Ainda não tenho resposta para essa pergunta, mas a despeito da divisão ideológica que possa promover em casa, espero mesmo que não seja na Marina. Quando fui questionado, pensei na eleição em geral. Nem me detive num candidato. Acho que é porque a angústia é a mesma, quer essa amiga tenha se referido ao pleito estadual, quer tenha questionado sobre a disputa nacional. Eu nunca estive com tanta vontade de votar nulo. Por princípio, não vou anular o meu voto (nunca o fiz). O que torna a minha decisão ainda mais difícil. As opções são tristemente (aborrecidamente?) semelhantes. A pobreza, a falta de opções diferenciadas, é um sintoma ruim para o eleitor. Tenho a sensação de que, qualquer que seja a minha escolha, estarei me sabotando.

2 comentários:

  1. Voto na continuidade, sem medo de errar! Eu tenho idade e inteligência para me lembrar como era antes! Acho que ainda temos muito o que melhorar, mas nunca estivemos melhor!

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  2. Você é do time do Chico Buarque então, ele também já definiu o voto por aí.

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