segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Cosme e Damião

"São Cosme mandou fazer/ Duas camisinha azul/ No dia da festa dele/ São Cosme quer caruru". Eita, criança, eu e outros pequeninos ficávamos na maior excitação em épocas como o dia dos santos Cosme e Damião. Era uma farra. Nunca vou esquecer dessas lembranças do caruru de sete meninos, com tantos acompanhamentos e também muita bala, doce, pirulito. Depois de grande e, principalmente, depois de me tornar pai, tenho tido vontade de reviver algumas dessas lembranças. Por isso, esse final de semana tentei reproduzir o máximo que eu pude o caruru da minha infância. Minha filha foi a minha ajudante de dia inteiro. Sim, porque levou um dia inteiro preparar tantas coisas: vatapá, feijão fradinho, milho branco, arroz, banana da terra frita e a estrela da festa: o caruru. Tinha planejado de um jeito, mas ficou de fora inhame, rapadura, pipoca e farofa de azeite. Fica para a próxima. Mesmo assim foi uma aventura valente. O final foi mais que recompensador. Eloá, que chegou em casa no final do dia, não acreditou que eu tivesse feito tanta coisa. E coisas tão gostosas. Ela, assim como eu e a pequena, se esbaldou. Falei pra ela se acostumar, aquele era o início de uma tradição. Todo ano, em setembro, faríamos o caruru de Cosme e Damião.

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