segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Cozido

Enquanto Salvador vivia este momento intranquilo, mantive no sábado o compromisso com a família. Fui eu mesmo à cozinha e preparei um cozido com mocotó entre as carnes.

Como na festa de natal não pude tomar bebida alcóolica, combinei este mocotó em minha casa para poder tomar todas e ter essa desculpa para juntar a família de novo.

Até que fui comportado. Só lá pelas tantas, tomei umas duas doses de conhaque depois de ficar umas horas na cerveja.

Botei pra tocar as marchinhas de Carnaval só para ouvir piadas de cinco em cinco minutos. No fim, acho que as pessoas gostam de marchinhas. São eternas, tem ritmo, não apelam para as partes do corpo nas rimas, nem abusam de duplo sentido como se fosse uma obrigação poética.

Depois, o grande Bezerra da Silva e sua cantilena que evoca a malandragem, a bandidagem, as drogas. Não sei o que seria de Bezerra da Silva se tivesse feito suas músicas hoje, seria fortemente atacado pelos imbecis do politicamente correto.

A pedidos, Raul Seixas dominou uma parte da festa. Um dos meus irmão adora. Todos nós da família temos uma relação afetiva com o cancioneiro de Raul.

Teve mais coisas na trilha da noite, sambas, canções mais atuais de Carnaval e a boa banda "Movidos a álcool", que mistura brega com rock and roll.

Acho que 30% das conversas foram sobre a greve da polícia na cidade da Bahia.

Meu irmão, que chegou a pouco da Europa, me trouxe uma garrafa de vinho do Porto.

O cozido estava delicioso. Só faltou o molho de pimenta.

Com tantos afazeres, quando lembrei da pimenta, o horário já estava adiantado. E a preguiça não me deixou me mover. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário