quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

O homem do futuro

Não é nada demais o filme "O homem do futuro", de Claudio Torres. Mas tem uma coisa que faz toda a diferença em relação a outras produções do gênero: Alinne Moraes. É uma pena que ela tenha feito poucos filmes. Alinne é muito talentosa e ajuda bastante ela ter essa beleza grande. Em "Fica comigo está noite", filme bacana do João Falcão, ela já mostrou que tem força na tela grande. Eu me senti recompensado em cada centavo que paguei no DVD de "O homem do futuro" exclusivamente por causa dela. Pena que não possa dizer o mesmo do filme como um todo... Há uma ou outra coisa mais simpática no longa, a canção em torno da qual tudo gira é um clássico dos anos 80, "Tempo perdido", da Legião Urbana, e é bem utilizada e tem tudo a ver com o tema etc. Mas aquela confusão com as viagens no tempo não empolga como deveria. Aliás, esse é um tema batido depois de "De volta para o futuro". Mesmo assim o cinema comercial americano fez coisas muito melhores. E não estou falando de nada que custe rios de dinheiro, não se trata de efeitos especiais e sim de criatividade. Penso nos recentes "Contra o tempo" e "Agentes do tempo", que vi também por agora. O tratamento é muito superior, anos luz. Nenhum assunto deve ser considerado esgotado, sempre é possível tirar algo de um enredo aparentemente óbvio. Ruim é partir do óbvio para não chegar a lugar nenhum. Mas louvo que o cinema comercial brasileiro lute para fazer público. Espero que a gente chegue a algum lugar.


P.S.: E não há como não registrar que Wagner Moura continua sendo um ator importante no cinema nacional, que tem engolido os filmes que faz. Em alguns casos como aqui, e em "Vips", os filmes giram em torno dele, simplesmente.

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