sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Inconspícuo

"Aprendi novas palavras/e tornei outras mais belas". Drummond

Já avancei um bom trecho de "Grande sertão: veredas", de Guimarães Rosa. Mas ainda estou um pouco no efeito da releitura de Rubem Fonseca, do seu livro de tema inusual chamado "Secreções, excreções e desatinos".
Costumo anotar uma ou outra palavra que vejo pela frente. Não precisa ser desconhecida, basta que eu não saiba o significado, que não seja do meu repertório. Nem sempre me contento em apreender do contexto. Também anoto palavras que tem uma sonoridade especial aos meus ouvidos.
Por isso, uso bastante dicionário. Aliás, adoro consultar dicionário.
Me amarro em aprender palavras novas. Olha essa aqui, que delícia, que vi no livro de Fonseca: "Inconspícuo". Bom de pronunciar, precisa ter cuidado, pensar antes para não errar nenhum pedacinho ali pelo meio.
Inconspícuo significa algo que não é conspícuo, claro. É algo "que não é facilmente perceptível; que não é notável; comum, ordinário".
Já "Pertinácia", vista no mesmo livro, é a qualidade de pertinaz, ou seja, é o mesmo que obstinação, teimosia, tenacidade.
Lendo o Observatório da Imprensa, o Alberto Dines, que tem um texto muito bom, veio essa palavra: "Álgido". Segundo o Michaelis, álgido pode ser entendido como algo "muito frio".
No texto de Dines aparece assim:
"A Folha de S.Paulo abafou as conclusões do congresso petista enfiando-as dentro de uma matéria política mais ampla e O Globo – seguindo as normas editoriais recentemente adotadas – registrou-as de forma álgida, distante, como mereciam".

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