segunda-feira, 25 de junho de 2012

São João

Final de semanda vendo filmes, claro. Entre um licor e outro, entre uma saída e outra. Saí bastante, desde quinta-feira, todos os dias pra tomar uma e curtir a companhia deliciosa da patroa. Foi um São João muito bom, divetido, nada cansativo, até dancei forró e fui tomar um café no Santo Antônio Além do Carmo. Um lugar charmoso, com aquela vista linda do mar, entramos pelo Cafelier, um café instalado num dos casarões do Centro Antigo, com trilha sonora de bossa nova.

Dos filmes que vi, o melhor foi "Shame", de Steve McQueen. É o filme em que o Michal Fassbender é um viciado em sexo e tem essa irmã problemática, a bonitinha e sensualíssima Carey Mulligan. A cena dela cantando "New York, New York" é triste e bem interessante. O filme é ritmo lento, tem esse personagem quieto, complicado, triste do Fassbender. Às vezes um ator se destaca e quando vê está aparecendo em tudo quanto é filme. É este o caso aqui, mas o cara é muito bom mesmo. Confesso que gostei do filme, gostei mais ainda da Carey.

A versão de David Fincher para "Os homens que não amavam as mulheres" é melhor que o original sueco. Gostei de ambos, mais o de Fincher é mais autoral, tem mais estilo, é um produto melhor. O meu problema é que não fico totalmente satisfeito com nenhum filme adaptado de livro. Sempre acho que a versão cinematográfica atropela tudo e sai comendo passagens importantes, detalhes que fazem toda a diferença. É um problema, na maioria das vezes, sem solução porque o filme sempre será um espaço curto para uma história que teve todo tempo necessário no papel. Dito isso, é preciso dizer que o filme de Fincher é bem digno.

Vi o terror "O despertar" que no trailer parecia ser bem melhor (E olha que em geral não gosto dos trailers atuais, que são videoclipes iguais uns aos outros com seu cortes acelerados). O filme é bem mais ou menos. A coisa boa é a beleza magnética da Rebecca Hall (uma das estrelas de "Vicky, Cristina, Barcelona", de Woody Allen), ela tem ótima presença em cena. Na cena de toalha então, excelente.

Já o filme "Sherlock Holmes", do Guy Ritchie, fui ver não sei porque cargas d'água. Desde o início, a idéia de um sherlock "moderno", físico, e distante do personagem que conhecemos dos livros, me pareceu bizarra e totalmente nada a ver. Foi exatamente o que achei nos primeiros minutos do filme, apesar do Robert Downey Jr., que é um cara de quem gosto. Desliguei ainda no começo e fui procurar melhor coisa para fazer. Como diz o Inácio Araújo, já tinha perdido o meu dinheiro. Não precisava perder também o meu tempo.

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