quarta-feira, 22 de abril de 2009

Educação sexual

Estava vendo na TV esses debates sobre como conversar sobre sexo com as crianças e pensei no que ocorre lá em casa. Não é porque eu sou pai, mas minha filha é uma das mais inteligentes garotinhas que eu conheço (nem falo do charme e beleza naturais). O fato é que vez ou outra me vem com perguntas desconcertantes. Eu entreguei à Eloá a missão de explicar as questões mais cabeludas. No passado, achei que seria um pai moderno e desinibido. Planejei que sobre tudo falaria com minha filha e não existiria assunto proibido. Quando eu era criança, fingíamos, pais e filhos, que certas coisas não existiam (falo de sexo, obviamente). Da porta para fora, no entanto, havia uma escola e o aprendizado era diário, mesmo torto. Meninos maiores falavam sem frescura na frente dos garotos menores e íamos absorvendo aquele conteúdo. Com pouco tempo dava para juntar o quebra-cabeça e estávamos feitos em matéria de educação sexual (sem falar na ilustração de revistas para maiores de 18). Hoje, com tanta informação circulando nos meios oficiais, ainda assim é bem difícil tratar certos tópicos. Mas Eloá está se saindo muito bem. Até eu aprendo com ela. Outro dia ela me repreendeu porque presenciou minha filha me questionando. A pequena me perguntava se "gay era mulher que gosta de mulher". Eu disse "não". Com ares de professor, expliquei que mulher que gosta de mulher é jacaré. Eloá gritou de lá: "A-d-mil-son!". Eu falei: ok, corre lá que Eloá te explica. Ela saiu resignada: "você é muito besta, viu, meu pai".

2 comentários:

  1. Saudade de vc, Vanessa. Eu encontrei com Fábio esse fim de semana e falamos de vc, que estava sumida e tal. Vê se aparece... beijo grande!

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