quinta-feira, 16 de abril de 2009

Pancake

Ontem foi dia de inventar panqueca ou pancakes como chamam os americanos. Adoro panquecas e tinha timidez de fazer eu mesmo as minhas. Ontem achei uma boa oportunidade. Eloá foi a uma palestra sobre imigração internacional à noite e não deu tempo de comprar pão. Todos gostamos de pão lá em casa, mas eu passo muito bem sem ele. Eloá, não. O que fazer? Naquele horário, mais de oito da noite, não se acha pão em lugar nenhum próximo, nem fresco nem macho. Achei que Eloá ia gostar de chegar em casa e encontrar belas panquecas esperando por ela. Tinha os ingredientes básicos para a massa: farinha de trigo, leite, ovo e queijo para ralar. Me paramentei, dobrei a manga da camisa, peguei o avental e fui para o fogão. A primeira panqueca saiu perfeita, fininha, gostosa, ótima cor. Eu virei o lado com uma espátula e tudo correu perfeitamente bem. O problema é que na segunda eu empolguei. Fui tentar virar o lado jogando pra cima com a frigideira. Ela subiu meio metro e voltou para quase se esborrachar, torta, dentro da panela. Não se esborrachou, mas sofreu rachaduras em três partes. Depois que eu coloquei o recheio e fui tentar enrolar, ela se partiu ao meio. Ficou uma bonitona e a outra, feia, seccionada. Paciência. No recheio, precisei improvisar, mas não acho que me sai mal. Suei, no azeite doce, meia cebola ralada com tomate cortado em pedaços pequeninos. Trouxe a mistura para um prato onde juntei duas colheres de requeijão cremoso, um bocadinho de lascas de queijo, orégano, pimenta e uma pitada de sal. Eloá chegou da rua faminta, como sempre ocorre, e devorou as panquecas com satisfação. Foi bonito de ver.

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