
Minha mais recente febre atende ao nome de "True Blood". A série de vampiros sensuais e integrados (quase) ao convívio social é uma das melhores coisas já feitas sobre o tema. Tudo bem que é trash em diversos momentos, abusa de cenas de sexo, de rituais macabros, de violência e de muito sangue. Mas tudo é muito bem contextualizado, muito bem amarrado, e a série sabe trabalhar os diversos núcleos e personagens que vão surgindo. Há um casal protagonista, mas a trama divide sua atenção entre os muitos plots da narrativa. Explora de maneira inteligente os personagens secundários que chegam a competir em importância com o casal central. E não se limita a falar da convivência entre humanos e vampiros. Outros seres sobrenaturais aparecem na história. Poderia ser o samba do crioulo doido, mas não é. Aí está a questão. "True Blood" surpreende a cada episódio, não se importa de ser mais e mais ousado. E avança sempre um pouco em situações esdrúxulas. O que é legal é o fato de o seriado não ter pudor em ser politicamente incorreto, sem falar no seu humor negro. Poderia falar de outras coisas, a atualização do drama de vampiros como metáfora de minorias discriminadas certamente seria uma delas. A aposta em dramas de suspense e assassinato é outro viéis interessante. A série mistura elementos, não abusa de efeitos especiais, tem bons personagens, e centra o olhar nas relações pessoais. Tudo isso feito com respeito pela inteligência do espectador. Quem está a acompanhar um "True Blood", não pode se contentar com um "Crepúsculo" da vida.
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