sexta-feira, 9 de julho de 2010

Julie e Julia

Curti muito o filme da Nora Ephron sobre a vida de Julia Child, a lendária culinarista americana, autora de Mastering the Art of French Cooking. O filme conta duas histórias paralelas. De um lado, está o relato da vida de Júlia Child (papel de Meryl Streep) em Paris nos anos 50. Na outra ponta, conta o desafio que se propôs a jovem americana Julie Powell (Amy Adams) que, na época atual, resolveu refazer todas as receitas do livro de Child em um ano e contar a aventura em um blog. Enquanto vemos Julia sair da condição de mera acompanhante do marido diplomata para tornar-se um cozinheira famosa, assistimos, ao mesmo tempo, o esforço de Julie no presente para fazer as receitas, dar atenção ao casamento e manter um emprego chatinho de telefonista num órgão público. Confesso que fiquei bem identificado com a frustração da personagem quando errava uma receita. É possível ficar muito bravo quando as coisas dão errado na cozinha. E o que é pior: é muito fácil errar na cozinha. É um trabalho que exige muita paciência. Não há como negar que, no filme, a parte da história que se detém na vida de Julia Child é mais viva e interessante. Meryl Streep tem tudo a ver com isso, sua construção da personagem é incrível. Mas não desgosto da Amy Adams, acho ela muito boa atriz. Soube que as duas trabalharam juntas em "Dúvida". Já anotei no caderninho para ir atrás. Enfim, o filme mostra as pessoas comendo bastante. Para mim não há programa melhor que passar duas horas vendo uma história sobre comida, com preparo e degustação de pratos, que envolve ainda a alimentação de um blog (de culinária!) e a publicação de livros. É um filme muito simpático que quero ter em casa.

6 comentários:

  1. eu tb adorei!
    e quero fazer curso no Cordon Bleu!
    :)

    Só uma retificação: JuliE & Julia
    Bjs

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  2. E vou revelar um segredo. Aquela cena que ela chora no chão da cozinha, deita e faz drama pq a receita não deu certo... já fiz o mesmo. E meu "drama" foi pior, segundo o digníssimo.
    É que só quem passa pela frustração sabe como dói... :)

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  3. É bem legal esse filme e a Meryl está muito boa no papel, mas o melhor sobre ele foi dito pelo LVF, algo como: a melhor notícia do filme foi que a Júlia morreu com 92 anos e defendia que os três segredos da cozinha francesa eram: 1- manteiga; 2-manteiga; 3-manteiga. Moral da história (para quem não entendeu) gordura e colesterol não fazem tão mal assim.

    Heder

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  4. Outra coisa. Tb me aventuro na cozinha de vez em quando e tenho fases. Agora estou na fase da busca pelo feijão perfeito. Nem gosto tanto de feijão, na verdade quase não como. Além disso faço apenas para Lu e para mim. Mas acho que fazer uma boa comida caseira é mais difícil do que fazer um bom risoto. Pense bem. Se vc misturar vinho branco, arroz adequado, muito parmesão de boa procedência, azeite doce extravirgem, muita manteiga e cebola, qual a chance de isso dar errado? Quase zero. Agora, pegar uma xícara de feijão acrescentar alguns temperos baratos de supermarcado e sair com algo delicioso é magia pura. Tenho referências suficientes em casa (minha vó e mainha) mas não posso deixar de mencionar o feijão da Mãe do Admilson que nos forneceu ferro suficiente para que não tomássemos ferro na Escola. Lembro do sabor até hoje e me marcou o fato dele ter uma nota (para usar um termo do mundo dos risotos) a mais de bacon, sem estragar o conjunto. Muito bom.

    Heder

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  5. Estou craque em feijoada. Geralmente no domingo lá em casa eu me jogo. Quando a gente se encontrar em Salvador ou noutro canto, vamos tirar um dia pra fazer alguma coisa na cozinha.

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