terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

127 horas

Já não me lembro mais a última vez que aconteceu. Ontem tive vontade de sair do cinema no meio da sessão. Era o aguardado (por mim) "127 horas", filme do Danny Boyle. Era uma cena no início, logo quando ele fica preso. James Franco está muito bem em cena, rapidamente gostamos dele, antes mesmo que comece a falar. Suas expressões dizem por ele, como quando ele está em velocidade com a bicicleta, desequilibra e sai rolando. Parece que ele se quebra todo ali. Mas não. Ele ri do susto, nós rimos junto. Ufa, essa foi por pouco. Mais adiante vem o acidente de verdade. Antes, uma ou duas vezes parece que é dessa vez que ele vai se estrepar. Não é, é preparação. Quando acontece o acidente, é bem feito. Realista é a palavra. Fiquei zonzo. E olha que, diferente da maioria das vezes, li tudo que podia sobre o filme antes. Sabia contar a história de trás pra frente. Mas não tem jeito. Não sou talhado para esse tipo de filme. Não é meu preferido, não gosto de ser torturado. O que me movimentava tanto para ver o filme? Não sei. Acho que mais que o comentário das pessoas, as críticas, acho que foi o trailer que vi há uns meses, a cara do James Franco, aquela imensidão do deserto de Utah. O trailer dá uma boa idéia do que vem por aí. E mostra que as coisas vão ficar feias. E ao mesmo tempo atrai. Apesar de ser um filme sobre um cara imóvel no lugar exíguo, a direção dá muito movimento e ação à história. Às vezes exagera no tratamento de comercial de TV, de vídeo clipe. Entretanto, é também esse escapismo que ajuda a passar os 90 minutos de filme. E o alívio cômico. No fim, o filme vale a pena mais pelo ator. James Franco é um cara esforçado e mostra que fez muito bem o dever de casa. Não sei se assistiria o filme de novo. Mas valeu a pena ter chegado até o fim. É uma experiência masoquista, mas não se pode negar que se trata de um trabalho bem feito.

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