terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Roth

Já há algum tempo venho querendo ler Philip Roth, o escritor americano sobre o qual só tenho lido coisas elogiosas. Mas faltava saber por onde começar. Às vezes um mal começo pode condenar para sempre sua relação com um escritor. Eu até hoje tenho dificuldade, por exemplo, com José Saramago. E atribiuo isso ao mau começo com "O ano da morte de Ricardo Reis". Pode até ser que o livro seja muito bom e eu, um leitor ruim. Pode ter sido só o momento errado. O fato é que não desceu. Larguei a leitura na metade. E olha que sou fã de Fernando Pessoa, criador do heteronimo Ricardo Reis, que Saramago recupera e homenageia. Pois bem, voltando a Roth. Ontem me caiu nas mãos o livro "O animal agonizante". Por acaso. Matava tempo enquanto esperava Eloá. O livro me achou. E esse trecho na contracapa não me deixou dúvidas. Era a hora de começar a ler Roth.

*

"Duas coisas no corpo de Consuela chamam a atenção. Em primeiro lugar os seios. Os seios mais magníficos que jamais vi — e olhe que eu nasci em 1930: a esta altura, já vi muitos seios. Os dela eram redondos, cheios, perfeitos. O tipo de seio com um mamilo que parece um pires. Não o que parece um úbere, porém aquele mamilo grande, de um tom claro de rosa pardacento, que é tão excitante. A segunda coisa era o fato de que seus pêlos pubianos eram lisos. Normalmente são encaracolados. Os dela pareciam cabelo de asiático. Lisos, estendidos, e parcos".

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