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Gostei bastante de "O discurso do rei", que acaba de ganhar o oscar de melhor filme. Geoffrey Rush está muito bem e faz boa dupla com um igualmente ótimo Colin Firth. A história é todinha montada para chegar ao tal discurso do título. O filme é simpático, centrado numa história de bastidor da Inglaterra, enquanto a segunda guerra acontecia lá fora.
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Vi o "Enterrado vivo". Gostei. É menos claustrofóbico do que imaginei. Mas não é filme para se sair dele feliz da vida, é angustiante. O Ryan Reynolds segura bem a onda, não podia ser diferente já que o filme é todo ele e o espaço interno de um caixão por uma hora e meia (diferente de "127 horas", que tem vários outros cenários e outros personagens em cena). O final de "Enterrado vivo" é ótimo (forte) e bem a ver com tudo que vem desenrolando. Gosto disso. Coerência nem sempre é um valor respeitado no cinema.
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Com o francês "O Profeta", me senti ludibriado. Fui com as mais altas espectativas. Ainda mais quando o disco vem com grande referência ao seu parentesco com "O poderoso chefão", um dos meus filmes preferidos. Nada mais distante. Achei o filme desinteressante e desnecessariamente longo. Repetitivo, parecia girar em torno de si mesmo. A sequência, para mim, com maior força cinematográfica, é aquela do ataque ao carro à prova de balas, quando o personagem fica surdo, a montagem, o ritmo e o som, tudo é muito bem feito. A morte com a gilete no início do filme, o batismo do personagem naquele mundo do crime, é realista, mas também asquerosa. Não me fez a cabeça.