segunda-feira, 16 de maio de 2011

Eu servi o rei da Inglaterra

Da prosa barroca e política do brasileiro João Ubaldo, caio nas mãos de um tcheco. A transição é boa, porque o livro ("Eu servi o rei da Inglaterra") é um relato bem humorado e extremamente criativo. O autor é Bohumil Hrabal, conterrâneo de Kafka e Kundera. É um livro também verborrágico, o narrador emenda suas falas uma na outra de um jeito diferente do que estamos acostumados. Seus parágrafos são enormes (mesmo), coisa incomum (mas fácil, fácil de navegar). O ritmo é outro. Estou nas primeiras páginas e gostando muito. Não conhecia o autor e soube que uma adaptação em filme de uma de suas obras conquistou o Oscar de filme estrangeiro. Quem me trouxe o livro foi o amigo Franklin no dia do meu aniversário.

Terminei "Viva o povo brasileiro", foi um alívio atravessar as 700 páginas. Volto a afirmar que é um livro de alto nível e bem escrito. Também continuo achando excessivo e mais complicado que o necessário em diversos momentos. Mas vale a pena. O final, então, eu gostei muito daquela solução encontrada por ele para falar do futuro.

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