segunda-feira, 30 de maio de 2011

Filmes

Dois filmes bem diferentes, ambos ruins.
After Life traz uma história que tenta segurar ao máximo uma ambiguidade sobre um homem que fala com mortos.
Ele fala mesmo com os mortos que prepara para o funeral ou é um assassino que arma para enterrar vivas pessoas dadas como mortas?
Seria uma premissa, talvez, razoável se bem manipulada.
A verdade é que o trailer que coloca essa situação esgota todo o interesse do filme (e o que me instigou foi o trailer). O resto é perda de tempo.
Corrigindo: seria perda de tempo, se não fosse sempre um prazer ver atuar a Christina Ricci.


Eu pensei que o filme seguinte não poderia ser pior. O filme seguinte foi o "Anticristo", do diretor dinamarquês Lars Von Trier.
Tenho respeito pelo diretor por "Dogville", de que gosto muito, e não desgosto de "Dançando no escuro" (os dois filmes dele que tinha visto antes ).
Depois de "Dogville" fiquei bem curioso para ver "Manderlay", do mesmo diretor, com a minha queridinha, a atriz Bryce Dallas Howard.
Mas "Anticristo" não me deixa nada animado para ver qualquer outra coisa de Lars Von Trier.
O filme é muito ruim, embora pareça um trabalho muito profundo sobre a natureza humana, os processos psicológicos, a dor pela perda de alguém próximo etc.
Na verdade, é uma experiência de sádico.
O começo com aquela câmara lenta, estilizada, a música pontuando a sequência de sexo explícito, a criança que caminha para a morte.
Eu já desconfiei ali que não devia vir grande coisa pela frente.
E estava certo, a cena inicial é o que há de melhor no filme inteiro. Nem por isso significa que é coisa boa, que valha a vista, que traga algo significativo para o pobre espectador.
Daí por diante começa o filme, repartido em capítulos, numa historinha em que o marido submete a esposa a tratamento para lidar com o luto, sem remédios ou métodos convencionais.
Vão parar numa mata, o "Éden", onde se irão desenrolar novas cenas de sexo, confrontos entre eles, experiências sobre medo, situações de mutilação, tortura e por aí vai.
Poucas coisas no cinema tem sido tão desagradáveis quanto esse "Anticristo".

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