quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Fringe

Devo ser besta mesmo. Gosto de séries e uma que sempre me despertou um sentimento ambíguo foi "Fringe", que tem a assinatura do J.J. Abrams. Depois de "Alias", que é uma série de que gosto muito (mesmo sendo pueril, quase boba, ou talvez por isso), topo tudo que está ligado ao J.J., mesmo com toda a decepção com o final (ridículo) de "Lost" (porque afinal foi uma série marcante e teve momentos incríveis). Por fim, veio "Fringe", que começa estranha, porém promissora e melhora assim que introduz o conceito de mundo paralelo (sem falar na estréia da belezura da Anna Torv como protagonista).

Mas eu nunca gostei de tudo na série. Tinha até meio que desistido de acompanhar apesar de um fim de segunda temporada muito bom, revigorante.

Pois então... depois de ler tantos comentários elogiosos à essa terceira temporada (inclusive de minha amiga Juju), fui à luta. Confesso que gostei basante do outro nível que a série alcançou nesta third season, amarrando mais as histórias e alternando-as com o mundo paralelo, onde há duplos de todos os personagens, com diferenção e característcas próprias.

Tudo parecia bem e pequenas falhas ou incoerências estavam automaticamente perdoadas pelo alto nível do conjunto e pelo que prometia. Estava tudo se encaminhando bem até o último episódio. Mas o season finale é um lixo. Não engoli aquela rasteira que os produtores e roteiristas deram na audiência.

Pô, o episódio é escroto e desonesto. Como assim o mocinho vai parar no futuro e a série fica por lá infinitos minutos contando uma possível história que não existia e não interessa a ninguém? Pior: que nada tem com o final angustiante e cheio de pontas do episódio anterior. E então, faltando alguns minutinhos para o final, a série retorna ao ponto que parou no episódio anterior para deixar o final em aberto para a próxima temporada. E ainda vem com essa esquisitisse de que Peter nunca existiu. Hein?! Isso tem nome: trapaça, vigarice.

Uma série que vinha num crescente tão bom nessa temporada não merecia isso. A audiência cativa merecia menos ainda (eu, pelo menos, não merecia essa troça). Sei que muita gente gostou e viajou na incoerência desse final. "Nossa, que lindo, como eles viajam! Como são doidos! Como mudam tudo assim sem quê nem pra quê". Não tenho paciência. Agora é definitivo: "Fringe" morreu para mim.

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