sexta-feira, 19 de agosto de 2011

"Não durmo, nem espero dormir./Nem na morte espero dormir."
Sempre lembro desses versos do incrível poema "Insônia", de Fernando Pessoa.
Lembro quando fico insone ou quando tenho sonhos estranhos e acordo esquisito. Duas coisas que me acontecem com frequência.
E foi o que aconteceu ontem: noite agitada, sonho confuso em que apereceu um personagem de temperamento delicado que não vejo há mais de dez anos - a minha primeira chefe.
Minha filha pequena fez mil recomendações ontem que precisava chegar na escola cedo para ensaiar.
Ela participa hoje de uma maratona de dança e só falava nisso.
Acordei em cima do horário e tive que correr para não ficar mal com a pequena.
Tudo culpa do sonho esquisito. E do despertador que não fez sua parte.
Tem uma frase que algumas pessoas gostam de usar quando alguém se queixa de cansaço: "quando morrer, descansa".
Mas eu tenho a sensação que me transmite o poema de Pessoa - "Nem na morte espero dormir".

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