quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Jogo de Espiões

O velho Robert Redford mostra que bons atores podem fazer valer um filme inteiro. É o caso de "Jogo de Espiões", produção de 2001, de Tony Scoty, onde temos, ok, um roteiro que levanta a bola e facilita a vida do veterano ator. É a história de um espião (Redford) que no dia exato em que está saindo para a aposentadoria, precisa salvar um amigo e ex-pupilo (papel de Brad Pitt), que foi preso pela polícia chinesa e condenado à execução. São 24 horas de movimento dentro do escritório da CIA, com um reloginho nos mostrando o tempo restante para que seja evitado o pior (percusor da famosa série?). Sabemos da relação entre os dois espiões e os motivos de um e outro por causa do relato feito pelo veterano (e haja flashbacks). O personagem de Redford nada tem escrito sobre o parceiro, porque está tudo em sua cabeça, "funciono à moda antiga", é o significado. A direção da CIA está pouco se lixando para o preso que será executado. Não quer problemas com a China, mesmo que tenha que sacrificar um dos seus. Todo o filme é de Redford. Pitt não está mau, corre de um lado para o outro, transmite o envolvimento do personagem, ajuda a movimentar a trama. Redford age no bastidor, é a inteligência, aquele que usa a máquina a seu favor, dá um nó nos superiores, salva o dia, tudo isso sem dar um soco ou disparar uma arma. O fato é que o velho ator faz valer cada real gasto na locação do disco.

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