terça-feira, 27 de abril de 2010

Sex and the city

Terminei de ler "Sex and the city", de Candace Bushnell. Fiquei bem interessado em suas histórias de relacionamento, em tom de humor e sarcasmo. Embora diga que as mulheres que conhece são solteiras porque querem, Bushnell não demostra romantismo nem esperança de que o amor é possível. Pelo menos nos muitos (muitos mesmo) casos que conta, mais vale a lei do desejo, do apego ao dinheiro e da independência. Ninguém que aparece no livro consegue manter um relacionamento duradouro e promissor, essa foi a minha impressão. Mas não há tom pessimista no livro. Os personagens parecem dizer que se as coisas são assim, então, porque não aproveitar a delícia de se relacionar sem culpa? Claro que as mulheres retratadas demonstram, em um momento ou outro, querer um relacionamento verdadeiro. Mas não se incomodam em testar bastante antes as muitas opções que aparecem nas noites badaladas, nos encontros furtivos, nas viagens de lazer ou negócios. Elas têm dinheiro, têm uma carreira, são donas do nariz. Então estão no comando e tentam tirar muito prazer da vida. É um livro que mostra que o mundo avançou para a vivência do sexo sem culpa, compromisso ou justificativa. As mulheres se comportam como alguns homens. São predadores também. E vão à caça. É importante dizer que a autora fala do seu ciclo social, de gente bem nascida, ou bem situada, da classe média alta e classe alta americana. É uma leitura boa, descontraída, e que ajuda a entender um pouco da vída íntima (de alcova) de parte de nossa sociedade atual.

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