sexta-feira, 8 de abril de 2011

baião de dois

Escrevi este post no domingo. Só agora consigo postar. Faz de conta que ainda é domingo... Hoje tem baião de dois como diz na canção. Tive essa idéia no meio da semana, fiquei feliz de fazer. Estou voltando a me entusiasmar com a cozinha. A crise está passando. Estive desgostoso, mas nunca parei de cozinhar. Sou cozinheiro de fins de semana, feriados e das férias, quando não estou viajando. Isso há uns bons quatro ou cinco anos. Com crise ou sem crise. Sem crise é sempre melhor.

Semana passada fiz com muito prazer uma dessas lasanhas de dois molhos (branco e bolonhesa). Ficou deliciosa com folhas de mangericão. Há umas semanas atrás fiquei muito puto quando errei feio com um purê de banana. No mesmo dia, acertei a mão numa omelete de queijo e em batatas assadas. Mas não sou de comemorar o que dá certo quando no mesmo pacote um acompanhamento foi pro espaço. Me apego no erro. Me deprimo, sofro.

Hoje estou feliz. Hoje tem baião de dois. Importante dizer que precisei mudar alguns ingredientes. Não achei manteiga de garrafa, usei normal. Não achei feijão de corda, usei o fradinho. Tive o auxílio luxuoso da minha pequena e de Eloá. Duas assistentes que ajudaram muito, mesmo quando começaram a criticar a trilha sonora que eu escolhi. No fim, a unanimidade veio com a canção que dá nome ao prato, obra de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira. A letra é essa aqui:

"Abdon que moda é essa, deixe a tripa e a cuié
Home não vai na cozinha, que é lugá só de mulhé
Vô juntá feijão de corda, numa panela de arroz
Abdon vai já pra sala, que hoje têm baião de dois

Ai, ai ai, ó baião que bom tu sois
Se o baião é bom sozinho, que dirá baião de dois
Se o baião é bom sozinho, que dirá baião de dois
Ai ai, baião de dois, ai ai, baião de dois"

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