segunda-feira, 6 de julho de 2009

Gran Torino


"Gran Torino" é um grande filme de Clint Eastwood. Devo confessar que vinha sem tanto entusiasmo depois de seus dois filmes de guerra - "Cartas de Iwo Jima" e "A Conquista da Honra" - que foram tão incensados e pelos quais não morri de amores. Claro que conta o fato de que pouquíssimos filmes de guerra me empolgaram alguma vez na vida. "Gran Torino" é bom desde as primiras cenas, começa justamente com o velório da sua mulher. E ali já temos informação importante sobre a relação da família com o personagem de Eastwood. Ele é Walt Kowalski, um ex-combatente da Coréia, um cara duro, da "velha escola", trabalhou boa parte de sua vida na Ford e tem dificuldade de conviver num bairro que foi invadido por orientais. Porém, ele acaba se aproximando de uma dessas famílias, após a tentativa de roubo de seu automóvel, o Gran Torino do título. É um filme que trabalha a tolerância, mas não é daqueles em que o personagem sofre uma grande transformação para ganhar sua redenção final. O personagem de Clint é turrão, boca suja, ele só quer tomar a sua cerveja e cuidar de sua vida em paz. Ele vive sozinho, os filhos o evitam o quanto podem. Achei a história tão bem amarrada, desde o início até aquele final surpreendente, um dos melhores desenlaces que lembro de ter visto em filme. E a canção final, interpretada pela voz do próprio Eastwood, é um bônus a mais. Faz tempo que não via um filme tão bom.

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