Luana

Tudo bem que ela é mala, mau humorada e tal, putz, mas é mais forte do que eu: o pedaço de mau caminho Luana Piovani compensa cada centavo que a gente gasta para ver o filme do Claudio Torres, "A mulher invisível". Não gostei tanto assim do filme, mas sempre que ela entrava em cena, meu coração batia mais forte. Luana está o tempo todo com pouca roupa, bela, estonteante. Ô, uma imaginária dessa lá em casa! Com "A mulher invisível", tive a impressão de que temos uma boa idéia que rende algumas boas piadas e só (a maioria está no trailler). Selton Melo está bem à vontade com seu personagem solitário e cheio de tiques. Gosto do elenco, Wladimir Britcha é ótimo ator e se empenha. A desconhecida Maria Manoella é legalzinha - embora nada que chame tanto a atenção. Há coadjuvantes de luxo e entre eles Fernanda Torres se destaca. O que me irritou mesmo é que os diálogos são muito meia-boca, a história é mal desenvolvida e a amarração de tudo é ruim. Um problema que Claúdio Torres repete também em "A mulher do meu amigo", fica no superficial o filme inteiro. Como se cada cena só estivesse ali em função da piada seguinte. O filme diverte em alguns momentos, ok, mas decepciona em quantidade muito maior. Fico pensando o que seria a idéia básica do filme nas mãos de um diretor de verdade (um Jorge Furtado, um Guel Arraes...). Mas nem tudo está perdido, "A mulher invisível" tem a Luana coberta apenas por um lençol, de lingerie, shortinho, ensaboada. Aliás, por essas cenas: obrigado, Deus!