domingo, 19 de junho de 2011

Deixe-me entrar

Eu reclamo que estou velho, que os filmes não me emocionam como antes.
Contudo, quando estou diante de um bom filme (de verdade), a triste constatação é que talvez esteja vendo os filmes errados.
Ou realmente são poucos os bons filmes ultimamente.
"Deixe-me entrar", do diretor Matt Reeves, é o exemplo bom.
Lindo filme de amor (ou amizade), disfarçado em história de vampiro.
(E é melhor esquecer que é história de vampiro, esse não é o ponto principal aqui.)
O ritmo do filme é lento, o que é ótimo, porque as coisas são mostradas sem a pressa e o passo de videoclipe de 10 entre 10 filmes atuais.
A história começa com um atendimento de emergência: um homem sofre um acidente, é levado ao hospital, e seu estado terrível provoca uma investigação policial.
A história retrocede duas semanas.
Conhecemos então Owen (Kodi Smit-McPhee), um garoto solitário e vítima de agressão dos colegas da escola.
Começa a reagir a essa agressão quando inicia amizade com Abby (Chloe Grace-Moretz), recém chegada à vizinhança e aparentemente uma menina comum de 12 anos.
O problema é que Abby não é uma menina comum.
Ela também vive isolada, não tem amigos, e se descobre que, sim, ela precisa de sangue para viver.
Ela vive com o que parece ser seu pai, um homem obrigado a providenciar esse sangue.
Não demora para a pequena e quieta cidade ter o primeiro assassinato relacionado à chegada dos novos moradores.
Há uma investigação em curso, há a escola e os pais de Owen em processo de separação.
Porém, o centro de toda a atenção é a relação que se estabelece, pouco a pouco, entre Abby e Owen.
Mesmo quando ele descobre que a pequena não é exatamente uma menina, não consegue se afastar dela. Tão pouco Abby consegue ficar longe de Owen.
Essa versão é um remake de um filme sueco, que por sua vez tem por base um romance.
Pelo que li, o original é ligeiramente melhor, embora a refilmagem não faça feio.
Eu pretendo ver o original e até ler o livro.
Mas dificilmente vou esquecer o impacto bom que esse "Deixe-me entrar" me causou.
Quero esse filme para mim.

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