quinta-feira, 23 de junho de 2011

A erva do rato

Vi o último filme do Júlio Bressame, "A erva do rato".
A sensação não era de um filme ruim.
Outro dia vi "Anticristo", aquilo é filme ruim, duro de tragar.
"A erva do rato", não diria que é ruim, porque sentia alguma aproximação, talvez por culpa de Machado de Assis que empresta dois contos para o diretor desmontar e montar seu longa metragem.
Li um deles, "O esqueleto", achei o conto incrível.
O filme é quilômetros menos bom.
Mas há coisas interessantes no caminho.
Agora o filme é paradão de propósito, não se preocupa em não ser.
Para a câmara em algum lugar e lá fica, sem pressa nenhuma.
Parece querer provocar o espectador ou dizer para ele que "f...".
Não sei se gosto. Gosto de algumas passagens sem diálogo, de alguns momentos de texto lido, alguma coisa dessa câmara parada formando um quadro.
E gosto bastante da nudez da personagem da Alessandra Negrini, do jogo sensual, do rato no lençol.
Não gosto tanto de Selton Melo aqui.
Foi o primeiro filme do Bressame que eu vi.
Pode ser falta de entrosamento com o autor e o estilo.
Nos momentos que o filme é bom, é um bom estranho.
Não sei se gostei, mesmo das cenas que mais me chamaram a atenção.
Mas é o tipo de filme que poderia ver de novo para uma revisão, o que mostra que pode haver um diálogo meu com ele maior, o que mostra que há salvação.
Diferente de filmes como o "Anticristo", do qual quero distância.

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