sexta-feira, 22 de julho de 2011

Extermínio I e II

Não sou o maior fã de filmes de zumbis, mas gosto de terror em geral. Quando me recomendam, assisto qualquer filme. Foi o caso do primeiro "Extermínio", dirigido por Danny Boyle. Não gostei tanto. É mais uma ficção sobre a natureza das pessoas em situações limite, como reagem etc.

Cillian Murphy é o personagem que acompanhamos do começo ao fim. Após acidente, ele acorda de um coma em um hospital vazio. Sai pelas ruas e não entende porque não há ninguém nas ruas e carros e imóveis estão abandonados. Até que chega numa igreja onde encontra algumas pessoas, com comportamento muito estranho, e não demora em perceber que estão infectadas. Sobrevive graças a ajuda de outros dois sobreviventes de uma epidemia que se espalhou por Londres.

Nesse primeiro filme há mais clima e menos zumbis em ação. Há longos trechos sem zumbis, embora o filme não nos faça esquecer que a ameaça é real. Diria que há mais suspense que ação. Do jeito como é, o filme é mais sobre relações humanas em momentos difícieis, sobre como a moral se transforma e se reinventa em favor das necessidades mais brutas.

No segundo, "Extermínio II", a direção muda de mãos, quem assume é Juan Carlos Fresnadillo. Em lugar de um suspense quase político, temos um filme de ação propriamente. Os zumbis tem espaço bem maior e a quantidade de sangue se multiplica. O drama científico e militar passa a ser o eixo e o drama é conduzido por uma família onde pode estar a cura para a infecção.

Esse segundo, cujo título original é "28 weeks later" (contra "28 days later", do primeiro), fala dos acontecimentos 28 semanas depois dos episódios do primeiro filme. Nessa trama, dois jovens, filhos de uma vítima da epidemia, podem ter no sangue gens imunes à infecção, abrindo uma janela para a possibilidade de cura.

O pai deles é sobrevivente da primeira epidemia e vive na inglaterra numa zona ultra protegida, controlada pelo exército americano. Ele vive com a culpa de, por medo, ter deixado a esposa morrer nas mãos de infectados.

Há outros personagens importantes: a médica militar, a minha querida Rose Byrne, que vai proteger os garotos que podem ter a cura para a infecção. Há o soldado interpretado por Jeremy Renner, que fez Guerra ao Terror, que se une ao grupo e tenta ajudar no resgate dos garotos.

Gosto mais desse segundo "Extermínio". Menos sutil, mais direto e eficiente no seu desenrolar. Dá um espaço maior ao terror, sem aqueles sustos habituais do gênero. O Harold Perrineau, ator de Lost e Matrix, também integra o elenco e protagoniza uma cena com o helicóptero realmente impressionante e sanguinolenta.

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