segunda-feira, 4 de julho de 2011

Mulher invisível

"A mulher invisível", série, funciona melhor que "A mulher invisível", filme.
Por isso, acho boa notícia saber que a série terá nova temporada no fim do ano.
Vi o longa do Cláudio Torres, uma comédia romântica original mas pouco interessante do ponto de vista de cinema.
Parecia mais um filme que quer fazer platéia (e cifra), mais que propriamente contar bem uma história.
Seus pontos fortes eram uma atuação engraçada (que pecava pelo exagero) de Selton Melo e a beleza de Luana Piovani (o meu maior incentivo para ver o filme).
Claro que só isso não é suficiente.
Basta dizer que o que há de melhor no filme coube no trailer.
Na televisão, as coisas mudaram para melhor.
A idéia do filme não cabia nas duas horas médias da projeção, sobrando espaço para coisa nenhuma.
Já na tevê, são escritas situações curtas que não conseguem encher o saco dentro dos vinte e poucos minutos de cada capítulo.
Além de um engraçado Selton e de uma deslumbrante Luana, a série ganhou o reforço de uma sempre ótima Débora Falabela, coadjuvantes legais, e até uma vinheta de abertura muito divertida.

Quando o filme saiu, fiz o seguinte comentário:

"Com 'A mulher invisível', tive a impressão de que temos uma boa idéia que rende algumas boas piadas e só (a maioria está no trailer). Selton Melo está bem à vontade com seu personagem solitário e cheio de tiques. Gosto do elenco, Wladimir Britcha é ótimo ator e se empenha. A desconhecida Maria Manoella é legalzinha - embora nada que chame tanto a atenção. Há coadjuvantes de luxo e entre eles Fernanda Torres se destaca. O que me irritou mesmo é que os diálogos são muito meia-boca, a história é mal desenvolvida e a amarração de tudo é ruim. Um problema que Claúdio Torres repete também em 'A mulher do meu amigo', fica no superficial o filme inteiro. Como se cada cena só estivesse ali em função da piada seguinte. O filme diverte em alguns momentos, ok, mas decepciona em quantidade muito maior. Fico pensando o que seria a idéia básica do filme nas mãos de um diretor de verdade (um Jorge Furtado, um Guel Arraes...). Mas nem tudo está perdido, 'A mulher invisível' tem a Luana coberta apenas por um lençol, de lingerie, shortinho, ensaboada..."

Nenhum comentário:

Postar um comentário