segunda-feira, 18 de julho de 2011

O assassino em mim

Fiquei mais incomodado que propriamente satisfeito com o filme "O assassino em mim", direção de Michael Winterbottom.
Gosto desse cinema meu bruto, que se vai apresentando em camadas e traz um grupo de personagens interessantes.
É um filme violento, propositadamente agressivo ao espectador.
Estamos acostumados a ver muitos filmes violentos, isso não é novidade.
Mas há filmes em que há cumplicidade do espectador com essa violência.
Quando ela aparece, entendemos e quase justificamos sua presença como parte da mise-en-scéne.
Nesse caso de "O assassino em mim" é preciso ter algo de muito sádico para não se incomodar com a violência apresentada.
Os momentos mais fortes se resumem a duas cenas, bem filmadas e interpretadas, nos dois casos violência contra mulheres indefesas e feita de forma inesperada (para o personagem e para nós, espectadores).
Reconheço a atuação de Casey Affleck. Ele está muito bem. Como de resto, o elenco é bom (Jessica Alba surpreende pelo papel, ela é uma prostituta que se mostra em cena de forma corajosa. Igualmente a Kate Hudson, num bom papel).
No fim, me senti desconfortável. É um bom filme, melhor na primeira metade que na conclusão.
Mas é o tipo de filme que não sei se veria uma segunda vez.

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