sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

9

Foi uma questão de honra para mim quando Eloá disse que não amou a minha omelete. Não falo isso com convencimento. Gosto de desafio. Achei que poderia mexer na receita até chegar num ponto de consenso. Eu não sabia fazer omelete até outro dia. Depois que aprendi, de um jeito bem simples e básico, fiquei muito feliz: apenas ovos e um pouco de sal e pimenta, além de um pouquinho de ervas por cima depois de pronta. Não precisa nem de recheio. Mas Eloá queria com o recheio, vamos lá. Fiz umas opções pensando nela. Eloá não se entusiasmou com as que fiz com queijo e presunto, nem com a de carne, menos ainda com a que recebeu tomate, cebola e pimentão picados. Eu adorei todas essas opções. E em todas colocava um bocadinho de alecrim como toque especial. Só ontem de manhã eu consegui agradar um paladar tão exigente como o dela. E a mudança não foi radical. Quando ainda estava mexendo os ovos com o batedor de arame, acrescentei uma colherinha de chá de farinha de trigo. Bastou. O resultado foi que a omelete ficou mais sólida, menos macia, mas fácil de manipular sem quebrar. No sabor, o gosto da farinha aparece, sutil, mas aparece. Foi o suficiente para Eloá me ligar para dizer que a omelete estava ótima, nota 9. Adoro desafio. E não vou descansar enquanto não levar um dez.

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