Era para ir ao cinema ver "Tron". Mas inventei de passar na locadora antes e foi ótimo. Estavam lá dois filmes que queria ver há muito tempo. "Tudo pode dar certo", de Woody Allen, e "À prova de morte", de Quentin Tarantino. Dois filmes excelentes e bem diferentes. O de Woody Allen é, de certa forma, uma comédia romântica que gira em torno de um homem amargurado (Larry David), um gênio suicida e hipocondríaco, que não suporta as pessoas e sua mediocridade. Ele se envolve com uma garota de 21 um anos (Evan Rachel Wood) que é o seu oposto. Achei o filme delicioso, meio triste, mas com um final otimista e solar. Já "À prova de morte" é uma trama de suspense, com muita sensualidade e tensão. Recussita Kurt Russell, que faz uma espécie de sociopata sobre rodas. Ele é "Stuntman Mike" um dublê com um carro projetado para sobreviver a grandes impactos e usa essa máquina para matar lindas garotas. O filme é terror na primeira parte e ação e suspense na segunda. O final é supreendente. Tarantino é um diretor muito bom em criar espectativas na platéia para revirar tudo em seguida. É um filme muito, muito bom. Eu fiquei muito impressionado com "Bastardos Inglórios", que é outro ótimo filme do diretor, mas confesso que gosto ainda mais desse "À prova de morte". Aquela dança da Vanessa Ferlito não me sai da cabeça. Nem aquela cena brutal do choque entre os veículos.
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Filmes
Era para ir ao cinema ver "Tron". Mas inventei de passar na locadora antes e foi ótimo. Estavam lá dois filmes que queria ver há muito tempo. "Tudo pode dar certo", de Woody Allen, e "À prova de morte", de Quentin Tarantino. Dois filmes excelentes e bem diferentes. O de Woody Allen é, de certa forma, uma comédia romântica que gira em torno de um homem amargurado (Larry David), um gênio suicida e hipocondríaco, que não suporta as pessoas e sua mediocridade. Ele se envolve com uma garota de 21 um anos (Evan Rachel Wood) que é o seu oposto. Achei o filme delicioso, meio triste, mas com um final otimista e solar. Já "À prova de morte" é uma trama de suspense, com muita sensualidade e tensão. Recussita Kurt Russell, que faz uma espécie de sociopata sobre rodas. Ele é "Stuntman Mike" um dublê com um carro projetado para sobreviver a grandes impactos e usa essa máquina para matar lindas garotas. O filme é terror na primeira parte e ação e suspense na segunda. O final é supreendente. Tarantino é um diretor muito bom em criar espectativas na platéia para revirar tudo em seguida. É um filme muito, muito bom. Eu fiquei muito impressionado com "Bastardos Inglórios", que é outro ótimo filme do diretor, mas confesso que gosto ainda mais desse "À prova de morte". Aquela dança da Vanessa Ferlito não me sai da cabeça. Nem aquela cena brutal do choque entre os veículos.
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Rio de Janeiro
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Mais sobre "Angústia"
Para começar, o seu protagonista é um desbocado. E descreve sem cerimônia as coisas que faz com as moças (e também aquelas que gostaria de fazer). Para o que eu tinha visto do autor até aqui, foi um susto. Mas um susto bom, evidentemente. Porque um artista não tem moldura, escapa delas, e isso é ótimo. Como é bom se surpreender com um velho conhecido. E o mais curioso é que dá para identificar o DNA do autor em toda a "miséria existencial", toda a... "angústia" que vive o Luís da Silva.
Ele vive sozinho lamentando o presente e remoendo o passado. Se apaixona pela vizinha e quebra a cara. Nas primeiras 50 páginas está apaixonado, não se segura, parece um animal. Nas 50 páginas seguintes, tomamos conhecimento de sua desilusão amorosa que o arrebenta e enfurece. Estou na parte em que ele quer a mulher de volta, Marina, com quem quase se casou até ela se interessar por outro. Não sei o que vai acontecer.
Tudo é narrado daquele jeito, sabemos do que se passa pela boca do Luís da Silva, da sua perspectiva e do seu humor de cão. O que significa que tudo pode ter se passado de outra forma, se a gente descontar o ângulo passional do personagem. Não parece que coisa boa espera o personagem até o fim da história. Mas para mim, leitor, o trajeto até aqui está estupendo.
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Angústia
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Onde vivem os monstros
Vi "Onde vivem os monstros" com minha filha de oito anos. No início fiquei na maior dúvida se deveria ver com ela. Apesar da baixa faixa etária recomendada, não parecia um filme para crianças. Sem falar que o diretor, Spike Jonze, faz filmes bem "diferentes", basta ver seu "Quero ser John Malkovich". Mas a pequena gostou muito. Nós dois gostamos muito. É um filme honesto, simpático, que passa longe das fábulas com final feliz e, ainda assim, se conecta com os sentimentos dos pequenos. Há uma comunicação forte ali. Pelo menos minha filha se identificou com as questões colocadas, adorou o percurso do pequeno herói. E, aqui pra nós, é fácil gostar do ator Max Records, que faz um menininho que é o charme do longa. É um conto infantil que mistura fantasia com toques de amargura, solidão, fúria. Nada disso faz do filme menos interessante. O resultado final é bom. Filme para ter em casa.
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Menino no espelho
True Blood
Alma lavada e enxaquada com essa terceira temporada de True Blood. Me diverti muito. Os primeiros episódios me assustaram um pouco, achei essa coisa de lobisomen meio sem graça. Achei que a série estava perdendo sua verve sarcástica, auto-irônica, iconoclasta e pervertida. Não perdeu. Mas é preciso admitir que a ação continuada deu lugar a sequências mais contemplativas, de auto-conhecimento dos personagens. Uma das coisas boas era os finais que me deixavam com a respiração suspensa e em cólicas, agoniado para ver o episódio seguinte. Isso pouco aconteceu nessa terceira temporada. Exceção para aquela cena incrível - inusualmente longa - em que o rei do Mississipi, Russell Edgington (interpretado por Denis O'Hare), dispara aquele monólogo de arrepiar. Bem no estômago. Bem True Blood. Fiquei paralisado uns momentos. O autor da série, Alan Ball, fez um troço ousado e memorável. Por coisas como esse monólogo, vale a pena demais ver True Blood. Essa terceira temporada não é a melhor de todas, mas está longe de ser ruim. As tramas menores, algumas me irritaram - alô, Lafayette! - mas houve aquelas que me capturaram e me ganharam totalmente - olá, Jéssica. Essa vampirinha é cativante, linda e irresistível com seu jeito entre a sobrenatural selvagem e a moça apaixonada. Podem falar mal da série, eu vou continuar fissurado. É o tipo de programa que um personagem aqui, uma cena bem dirigida acolá, um diálogo mais inspirado adiante, pagam muito bem tudo de menos legal que venha antes ou depois. E o menos legal, em se tratando de True Blood, ainda assim é melhor que muita coisa que está rolando por aí. Meu único protesto é que a rainha Sophie-Anne, a lindinha Rachel Evan Wood, apareça tão pouco. No mais, desejo vida longa à serie. Vou aguardar ansioso o próximo ano.***
E que bom retorno esse de "Modern Family", hein! Na segunda temporada, continua tudo igual: texto bacana e inteligente, elenco em boa forma (incluindo as crianças) e a graça de situações do dia-a-dia, banais até, mas apresentadas num recorte que faz toda a a diferença. É a minha comédia preferida no momento. Quando é preciso desligar dos problemas e se transportar, esse é o programa.
terça-feira, 2 de novembro de 2010
Enamorado
A vida editada é muito melhor
*
O aniversário de Eloá foi muito simpático, show de bola. Quase tudo foi comprado pronto. Mesmo assim foi bacana.
*
As pessoas compram pernil suíno pensando em assado. Eu também. Mas outro dia, fiz um delicioso ensopado de pernil. Acompanhei com uma novidade, ao menos para mim, um feijão branco com bacon, e arroz com cenoura. E purê de batata doce. E salada.
*
Hoje, feriado, fiz pela primeira vez uma lasanha de soja (adoro soja). E não se engane, pode ser um puta prato. O molho de soja e o molho de tomate são feitos separados e depois unidos na montagem. Show.
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
A suprema felicidade
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
A arte de editar revistas
Mother
Assisti a esse filme coreano "Mother". Gostei muito. Há algum tempo, li sobre o cinema oriental um texto que dizia que era daquelas bandas que vinha o sopro de renovação do cinema atual. Não deixo de concordar. As coisas que tenho visto são muito boas. "Mother" tem todas as atenções voltadas para essa mãe que faz o que pode para provar a inocência do filho, acusado de assassinato. O menino é estranho e esquentado, dorme com a mãe na mesma cama, está doido para ter a primeira relação sexual e tem surtos de esquecimento. A mãe também não é lá muito normal (quem de nós somos?). O filme tem seqüências intrigantes, não entendi nada quando vi a cena inicial com a mãe dançando. É esquisito. Mais tarde vamos entender essa cena e faz muito sentido. O filme tem seu quê de original, surpreende sem usar de artifício, se vale da própria história. Uma história, aliás, de suspense até banal, mas contada de uma maneira que faz a diferença. E a velha senhora, a mãe, é uma atriz e tanto. O elenco é muito gracioso. Gosto muito da cena com o velho naquela casa abandonada. Forte.*
La belle personne
Indicação de amigo, vi um bonito filme francês, "A Bela Junie" (ou ainda melhor no original, "La belle personne"). Fiquei com puta saudade da escola e fiquei com ciúmes (assisti com Eloá do lado). Nem tinha muito motivo pra ciúme, o único pegador da trama não se dá tão bem assim no final. No começo, quando os personagens começam a aparecer, não tive boa impressão. Achei que seria filme sobre "quem ficou com quem" por aí. Mas não é. As coisas vão se definindo, até fechar num certo triângulo. Apesar de contar uma história sem final feliz (ih, estraguei?), tudo é muito leve, a trilha é deliciosa, delicada. O diretor faz umas coisas simples que surtem um efeito grande, bacana. Como na cena que o rapaz sai cantando baixinho e a música aparece pra gente. É uma seqüência importante que vai conduzir a um momento trágico e definir o rumos dos personagens. Foi bom ver a Paris retratada, quase não parece Paris, senão por um pedaço da Torre Eiffel. No resto são salas de aula, pátio, jardins, metrô e cafés. O que achei curioso é que todos os atores em cena são bonitos, parece um catálogo de moda. Bom de ver, claro, mas a vida real é tão estonteantemente bela? Independente de qualquer coisa, o mais importante é que é um bom filme. Um bom programa.
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Quincas Berro D'água
Tenho o maior respeito pelo diretor baiano Sérgio Machado. Seu filme de estréia, "Cidade Baixa", me ganhou de cara. Tenho motivo para continuar com o respeito após "Quincas Berro D'água", adaptação de conhecida obra de Jorge Amado. Vi o filme com certo interesse do começo ao fim. Não foi amor, não foi nem a excitação provocada por "Cidade Baixa". "Quincas..." é bem filmado, fotografia bonita, algumas atuações muito legais (como as de Irandhir Santos, Luis Miranda e Mariana Ximenes). Paulo José é um negócio impressionante, um herói, mesmo com a limitação do mal de Parkinson é um ator extraordinário e faz um morto digno de nota e atenção. Marieta Severo que geralmente é excepcional, achei pouco aproveitada, assim como outros tantos (putz, muitos) atores em cena. Me pergunto por que usar tantos grandes atores num filme que, tudo indica, ganharia muito mais se concentrasse a atenção em meia dúzia de personagens. Isso me incomoda. Mas gosto da pegada de Sérgio Machado, seu esforço em estar a altura de Jorge, manter o espírito do livro. No fim, é um filme com mais virtudes que defeitos. Mas não arrebata.Tropa
Não comentei aqui. Vi Tropa de Elite 2, é um grande filme de entretenimento. Confesso que não gosto da forma como o diretor usa o longa para dizer suas coisas, desfiar sua tese sobre o país, de como apresenta sua teoria sobre o que está por trás de tudo, aquele posicionamento todo sobre a corrupção e sobre os políticos. Aquele vôo sobre Brasília, especialmente, me incomoda. Mas não nego que é um filme muito interessante, um espetáculo mesmo. Padilha entende do riscado, sabe mexer com o espectador, é um artesão e tanto. Algumas cenas são bem fortes, de impacto. Bom ver esse tipo de trabalho no cinema nacional e com o tamanho que foi esse lançamento, com a qualidade dos profissionais envolvidos. Saí muito pensativo da sessão (lotada) no dia de estréia. Esse Tropa, como o anterior, é um acontecimento importante para o nosso cinema. Isso é bacana.
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Battlestar Galactica
Durante o período que acompanhei "Lost", vez e outra ouvia comentários sobre a série de ficção científica "Battlestar Galactica". Todas as menções eram favoráveis. Fiquei curioso e fui atrás. Não é que estou gostando? Vi uns cinco episódios. O ambiente lembra bastante "Star Wars", mas é outra coisa. Li que a primeira versão da série surgiu depois do sucesso da saga de George Lucas. A versão de "Battlestar Galactica" que estou assistindo foi ao ar entre 2004 e 2009. É atual, mas traz um clima retrô bacana. E pra variar, eu fiquei louco com a lorinha Tricia Helfer que, pelo visto, faz uma personagem malvada, uma cylon chamada "Número Seis". Ainda não dá pra saber se quem é mau é de fato vilão. As coisas parecem, de propósito, deixar margem à dúvida. Má ou boa, a Tricia já me valeu o ingresso...
Cosme e Damião
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Milla Jovovich
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Tammy
Eu falei pro meu amigo Fábio da linda Tammy di Calafiori, por quem tenho estado seduzido (para dizer o mínimo) nesses útlimos tempos. Sua resposta foi um muxoxo, disse que não dá bola pra ela. Gosta de "carne". Deus, perdoai, eles não sabem o que dizem! Mas "ok", cada qual com seu cada qual. Respeito, fazer o quê? O fato é que não podia estar mais feliz ao ler que a Tammy vive uma stripper no próximo e esperado (por mim, pelo menos) filme de Arnaldo Jabor, "A suprema felicidade". Como bom velho tarado que o Jabor é, só posso imaginar que vem coisa boa por aí. Aquela coisinha linda de stripper? É ou não é a suprema felicidade? Já gostei do filme...
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Mas esse final...
Depois do resto do mundo, terminei de ver Lost.Gosto do raciocínio de que uma obra se completa com o leitor (espectador, ouvinte etc). Por isso, nenhuma obra pode ser muito explicada. Explicar muito, de certa forma, é matar a parte que cabe ao lado de cá.
Penso que está aí o problema maior de Lost na season finale. Tentou explicar demais e meteu os pés pelas mãos, sem falar que metade dos enigmas continuou no escuro. E ainda, pecado dos pecados, optou por um final que subestima a inteligência do fiel espectador.
Deixa eu formular isso melhor.
Depois de passar bom tempo plantando mistérios e de deixar o espectador tontinho (e isso era muito bom), a sexta e última temporada foi de elucidações.
No começo isso parecia boa coisa. Mas em se tratando de uma série com pé tão forte no mistério (e sci-fi, suspense, aventura, romance...), a sensação era de botar água no vinho. Cada episódio era dedicado a esclarecer algum dos seiscentos segredos da ilha. Como eram tantas as questões, claro que ficou um mundo de coisas sem resposta.
O final é totalmente frustrante no comparativo com o nível que a série atingiu. Parece que puseram na mesa todos os possíveis finais, daí escolheram o mais improvável, inverossímil e bobo.
É incrível o desnível de "The End", ainda mais tendo sido escrito pelos mesmos roteristas que mostraram competência para desenhar o enredo todo (ok, com muita enrolação e fumaça no caminho, mas também com episódios digníssimos).
Como diz minha mãe, eu vou e volto: porém, todavia, não posso me queixar de tudo. O final não apaga uma trajetória incrível. Isso mesmo. No saldo final, me diverti muito com Lost (thank you, Hurley, Sayid, Desmond, Faraday, Ben, Jin, Miles, Charlotte e Locke - meus favoritos).
Foram seis temporadas de altos e baixos, mas mesmo os piores momentos valeram a pena.
Concordo com o clichê de que é um marco na televisão. Mais um. Seria perfeito se Lost fosse uma série mais curta, concentrando nos episódios que tinham algo a dizer. Mas, por pior que pareça, a enrolação e as pistas falsas fizeram parte do prazer do jogo.
Lost me pegou pelo pé, me divertiu por seis temporadas. Se o final contrariou o bom nível do conjunto, paciência, são coisas da vida...
Na minha modesta opinião, mais que o da terceira, não existe final melhor que aquele da quinta temporada. (Quando Juliet, chorando, bateu com a pedra naquela bomba H, a tela ficou clara com a explosão e apareceu o logotipo da série. Depois disso, meu coração ainda ficou acelerado por uns bons minutos.) O final perfeito.
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Distrato
Não por ela ter ido ver a mãe que não via já há uns bons meses. Acharia cruel ela não querer, não suspirar de saudades da mãe. Quem não tem amor à própria mãe, desconfia-se que deve ser uma bela peça. Minha pequena, ao contrário, foi ao encontro com justificado ardor filial, e lá ficou na trincheira inimiga por longos cinco dias.
O que matou esse pai velho e o último romântico da terra, foi a quebra de uma promessa. A pequena prometeu telefonar todos os dias enquanto estivesse ausente. Acreditei. No entanto, ela ligou três vezes.
E olha só: no primeiro dia, quis saber se estava executando bem a receita de arroz que ensinei. No segundo dia, perguntou se o carregador do seu celular estava em casa. No terceiro e último, avisou que já estava retornando, queria saber se eu estava em casa para recebê-la.
Nenhum telefonema com rasgos de saudade do pai, nenhuma declaração de amor eterno, nenhuma promessa de nunca mais se separar por tanto tempo.
Inevitável conclusão: ela não me ama, passou definitivamente para o lado negro da força.
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
Meus votos
Já defini quase todos os meus votos. Meu candidadto à deputado estadual é Joseildo Ramos, ex-prefeito de Alagoinhas, trabalhei com ele. É um cara muitíssimo competente. Fez um trabalho espetacular em dois mandatos em Alagoinhas. Saiu com aprovação imensa.
O deputado federal é, por enquanto, Emiliano José. Foi meu professor de jornalismo na faculdade. Venho acompanhando sua trajetória política desde que saiu candidato a vereador, foi também deputado estadual, depois federal (ocupou o mandato final de Pelegrino). Escreve muito sobre o período da ditadura militar. Escreve muito bem, é bom professor, debatedor. Tem sido um parlamentar aguerrido. É íntegro e tem aquela ternura dos homens sérios.
O senador é Edivaldo Brito. Depois que vi ele falar em alguns encontros fui investigar sua vida. É incrível. Foi lavador de carros, família paupérrima, para virar doutor. Tem uma trajetória bonita, mas mais do que isso, até onde compreendo, ele alia capacidade com integridade.
Não estou decidido pelo governador. Se a eleição fosse hoje, votaria talvez em Wagner (contrariado pela falta de opção).
A candidata a presidente é Marina Silva. A cada dia, ela me ganha mais um pouco. O engraçado é que a primeira pessoa a se empolgar com Marina foi a minha filha de oito anos. Até panfleto com lápis de cor ela tem feito para convencer os colegas na escola. Convencer a nada, vocês sabem, criança não vota mas adora dar palpite.
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
O último mestre no ar
Com tanto filme bobo que abusa de efeitos especiais e cenas de luta, é um alívio ver um trabalho delicado como "O ultimo mestre do ar". Claro, que há uma diferença importante aqui. Quem dirige o filme é um autor de verdade, um cara que tem uma trajetória cuja preocupação maior é fazer cinema antes de fazer dinheiro. E, coitado, esse autor, M. Night Shyamalan, é um conhecido saco de pancadas da crítica. E também não é o diretor amado pelo grande público. Eu sempre gostei muito de Shyamalan, desde sua estréia e sucesso com "O Sexto Sentido", quando ele sacudiu o mundo. Ele nunca mais fez tanto sucesso como ali. Mas eu continuo fiel e gostando do seu cinema. Seus filmes são sempre perturbadores. Este "O ultimo mestre do ar" traz um mundo em que as nações são identificadas com os quatro elementos - ar, água, terra e fogo. E apresenta um garoto, o avatar (nada tem a ver com o filme do James Cameron), que traria equilíbrio a um mundo em guerra. Para aprender a dominar os elementos que ainda não domina, o garoto sai em busca de conhecimento por meio de meditação, aprendizagem, entrega. É um filme obscuro, mas terno. O herói é uma criança e seus ajudantes são dois jovens. É um filme infanto-juvenil, com boa dose de fantasia e mistério. Há suas complicações. Um príncipe foi banido de sua nação e só será aceito de volta se capturar o avatar. De outro lado, há um grupo numeroso e bem armado que também está no encalço do pequeno. É uma delícia acompanhar a trajetória do garoto (e o jovem ator foi uma excelente escolha de elenco). O filme começa e parece que entramos em um sonho. Toda a mitologia apresentada por Shyamalan é na verdade simples embora rica em referências. Eu, que nunca me empolguei com exemplares como "Senhor dos anéis", "Harry Potter" e "As Crônicas de Nárnia" da vida, fiquei extremamente satisfeito com este outro tipo de mitologia. O longa de Shyamalan é a primeira parte de uma seqüência de três ou quatro filmes. Vou aguardar ansioso os próximos capítulos.
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Chico Xavier
Heights
Rec, Tony Scott...
*
Já não acho que Tony Scott é esse cara terrível que achava antes. Mas também não cheguei a opinião (que já li por aí) de que ele é o irmão mais talentoso dos Scott. Esse "Sequestro do metrô 123" já começa irritando pelos maneirismo do letreiro modernoso da abertura. Depois disso começa o embate entre esses dois talentos que são John Travolta e Denzel Washington. É bom vê-los em cena, ok. Embora a gente saiba que ambos já fizeram coisa muito melhor. Você vê o filme e pensa que foi feito para ganhar uns trocados na bilheteria aproveitando o chamariz dos nomes dos atores. E é isso mesmo.
terça-feira, 31 de agosto de 2010
Karatê kid
*
Teminei a leitura das 500 e tantas páginas de "O berro impresso das manchetes". O livro que reúne as crônicas esportivas de Nelson Rodrigues, escritas para a Manchete nos anos 50. É aquela coisa, um prazer ler o jeito único de falar sobre futebol de Nelson. Lá está boa parte do vocabulário e das expressões que continuam hoje a serem repetidos pelos comentaristas de esporte da imprensa nacional. Não sei se fico feliz por descobrir a escola desse povo ou triste por ver que não apareceu ninguém assim depois de Nelson. Uma curiosidade interessante: numa das crônicas o autor fala pela primeira vez sobre Pelé usando expressões como "rei" e "realeza", e no posfácio somos informados de que Nelson foi o primeiro a usar essa desiginação que ficaria. Na época Pelé tinha 17 anos.
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Vamos lá
*
E teve Lost no fim de semana. Fiquei baqueado (mais uma vez) com um final de temporada. Lost dá um nó na cabeça e continua viciando. Só aquela coisa da ilha sumir assim daquele jeito nessa quarta temporada que achei meio bocó. Comentei com a amiga Juliana. Mas vamos ver. Descobri que o melhor de Lost não é desvendar os mistérios, mas vê-los brotar, quanto mais melhor. Quando a série explica as coisas perde um pouco o encanto. O medo vai embora. E Lost é muito melhor quando mete medo.
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Sobre filmes
"Acho a indústria muito importante, de lá vem filmes bons e ruins, mas mantém viva a cultura de ver filmes na sala escura. Nosso cinema começa a mostrar força para se manter vivo justamente quando consegue dialogar com o público. O problema é que o filme ruim (tá, vamos chamar assim), ajuda a movimentar o mundo do cinema. O filme bom (hummm???? nem os críticos se entendem, quando não se trata dos clássicos óbvios), o fato é que o filme bom (cult? de arte? alternativo?) pode ter seu público. Não vejo mal em conviver todo tipo de cinema, ter espaço para o "karatê kid" e "a erva do rato". O melhor dos mundos é exatamente ter opção. E, bem ou mal, temos tido. Sempre se fala muito contra a hegemonia dos filmes comerciais (e é bom que se fale), mas não teria futuro o cinema de arte sem a força da grana que circula em torno dos filmes ruins, mais ou menos e companhia. Sem falar que tem filme ruim que é muito bom. Mas isso é outra discussão."
terça-feira, 24 de agosto de 2010
A origem
O filme é daqueles que parece ser alguma coisa muito complicada e que exige muito do espectador. O diretor até consegue ser bastante confuso (e por isso tome-lhe blá blá blá). O problema não é entender o que se passa. Isso não é confuso. Confuso é entender o que realmente importa, qual é a médula óssea do filme, tantas são as coisas desimportantes pelo caminho. As pessoas tem destacado os efeitos visuais e a trama em labirinto, com sonho dentro do sonho etc. No fim das contas é uma tentativa de jogo de ilusão, de 'nada é o que parece'. No fim, o que está em primeiro plano é o drama do personagem de Di Caprio e como ele resolve o fato de não ter esquecido a mulher, de sentir culpa pela sua morte. Mas essa espinha dorsal não é tão forte, não sustenta o interesse pelo filme.
Para compensar uma historinha chinfrim, Nolan resolve a coisa introduzindo grandes doses de ação, perseguição, tiroteio, muito efeito especial, ruas que se dobram, pessoas flutuando, câmara lenta, tudo isso para tornar possível o ambiente dos sonhos, onde supostamente tudo é possível. Tirando o que está ali para distrair o besta do espectador - e que não é central à trama -, não fica nada que valha a pena. É o tipo de obra que se espremer não sai muita coisa. Há algo de interessante na idéia de usar o sonho como matéria para filmes, ainda mais o sonho dentro do sonho. E não há mal em fazer filme de ação ou aventura com esse tema.
O problema é que Nolan não diz nada com seu filme, embora faça parecer que está revolucionando o mundo.
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Salt
sábado, 14 de agosto de 2010
O Bem Amado
Estou pouco me lixando para esse papo de cinema popular e cinema de autor. Se o filme é bom, tem qualidades, captura o espectador, voilá, cumpriu o dever. Mas, poxa, sacanagem, fiquei frustrado com "O Bem Amado", novo longa do Guel Arraes. Achei que, no mínimo, ia me divertir muito. Principalmente porque o diretor vem vindo num crescente no cinema: "O Auto da Compadecida", superado por "Lisbela e o Prisioneiro", superado por "Romance"..."O Bem Amado" tem algumas coisas das que mais irritam no cinema de Guel. Uma delas, e que já era forte em "Lisbela", é o uso (abuso) da trilha sonora. A música é utilizada em demasia, e não é trilha de fundo, composição de ambiente etc, é música alta, com o compositor cantando em confronto com o que se vê na tela, na verdade um desfilar demasiado de clipes musicais.
Putz, e a montagem é doida, com cortes em profusão, não pára. Uma cena após outra sem pausa, sem silêncios, sem momentos de descanso ou reflexão. É movimento o tempo inteiro, ação o tempo inteiro. Se ainda assim, tudo conspirasse a favor da história, mas ao contrário, parece que esse mosaico doido apenas enfraquece o que tem de melhor o filme de Guel (e que não é de autoria do diretor e sua equipe): o texto delicioso de Dias Gomes. O texto salva a alma de Guel do inferno, é onde estão os motivos mais fortes para o filme ter a força que ainda tem.
Claro, Nanini construiu um personagem magnífico; Zé Wilker, caramba, o Zé Wilker está incrível como o Zeca Diabo, não pensei que ele ainda fosse capaz de mostrar um trabalho tão bom depois de tanta tralha e tanto isopor nas últimas décadas. O Zé Wilker está vivo como ator. Podia manter essa disposição, essa alma de artista, nos papéis seguintes.
Se temos alguns personagens excelentes, temos muitos personagens que não enchem os olhos. O romance entre os personagens de Maria Flor e Caio Blat me parece apenas uma historinha incluída à força para atrair o público jovem num elenco majoritariamente de coroas. (Parênteses: eu fui um desses bobos que mordeu a isca, e não arrependo: a primeira aparição da Maria Flor tirando a roupa para tomar banho de calcinha valeu o dinheiro da entrada). Mas é um romance que nada tem a ver com a trama principal. Poderia sair sem prejuízo nenhum à história que está sendo contada. Sem falar que o romance em si é falso, numa cena a Maria Flor mergulha na água, Caio é um desconhecido. Na outra cena, ela está brigando com pai para casar com o cara. Hein? Como assim?
Outro desacerto foi fazer um elo forçado (pelo menos soou totalmente artificial) entre a história em Sucupira e os acontecimentos em torno da ditadura militar e a redemocratização do país. Eu ri em vários momentos do filme, o texto de Dias Gomes e a canastrice do personagem de Nanini são um bom casamento, um acerto. Eu achei excepcional o sinistro e iletrado Zeca Diabo do Wilker. Mas esperava muito, muito mais de um filme de Guel Arraes.
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Brigada Ligeira
*
Estou seguindo firme nas águas na terceira temporada de Lost. Concordo com quem disse que as duas primeiras temporadas são melhores. Mas a série continua intrigando. Não tenho tido condições de dividir meu tempo livre com outras séries. É só Lost.
Liberdade, liberdade
*
Daí um amigo me incita a me filiar ao seu partido. Com um amigo desses... Gosto mais do estilo "Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós" que a prisão a um partido político. Por isso nunca me filiei. Já fui muito simpático à idéia de filiação, é verdade. Por um tempo (era um outro tempo mesmo, do "Fora, Collor" etc), pensei bastante no PT. Isso porque gostava dos caras que conheci ligados ao partido na escola. E porque fiquei amigo e quase-namorado de uma moça (linda) do partido.
Depois fiquei muito simpático à idéia de aderir ao PV. Entrevistei um dos quadros uma vez, fiquei muito impressionado. A ótima impressão veio de bonde. Mas uma decpção sobre rumos, definições, coligações e etc veio em seguida, com o tempo. A última vez que pensei (já não tão empolgado) em ingressar num partido político foi com o PPS, por causa do Ciro Gomes (de quem ainda gosto) e por causa da amizade com o grande Alfredinho, o presidente do partido em Alagoinhas, cidade onde vivi um período.
Felizmente, nunca cedi à tentação da carterinha. Claro, teria sido uma experiência. Mas gosto de não estar comprometido a entender a idiossincrasia dos partidos, que é uma lógica muito escrota às vezes.
Gosto da liberdade de poder discordar, falar mal, se for o caso. E também de gostar de quem eu quiser. (Isso me lembra Renato Russo. Foi ele quem gritou uma vez num show, "eu amo quem eu quiser". As patrulhas caíam em cima por causa da opção sexual do roqueiro que declarou que gostava de meninos e meninas. Ele reagiu. Tava certo ele.)
Estar em um partido é assinar embaixo das coisas mais espantosas que podem ser feitas para que seja possível governar ou minimamente disputar o poder. Tem gente que gosta de jogar esse jogo. Tem gente que não. Prefiro ter a minha voz e opinião livres. E dormir tranquilo. Se antes, quando era inocente, puro e besta, não me meti na asneira de me filiar a um partido, não será agora que o farei.
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Sobre filmes "B". E "Lost"...
sábado, 10 de julho de 2010
João Falcão

Alguns filmes
sexta-feira, 9 de julho de 2010
Julie e Julia
Curti muito o filme da Nora Ephron sobre a vida de Julia Child, a lendária culinarista americana, autora de Mastering the Art of French Cooking. O filme conta duas histórias paralelas. De um lado, está o relato da vida de Júlia Child (papel de Meryl Streep) em Paris nos anos 50. Na outra ponta, conta o desafio que se propôs a jovem americana Julie Powell (Amy Adams) que, na época atual, resolveu refazer todas as receitas do livro de Child em um ano e contar a aventura em um blog. Enquanto vemos Julia sair da condição de mera acompanhante do marido diplomata para tornar-se um cozinheira famosa, assistimos, ao mesmo tempo, o esforço de Julie no presente para fazer as receitas, dar atenção ao casamento e manter um emprego chatinho de telefonista num órgão público. Confesso que fiquei bem identificado com a frustração da personagem quando errava uma receita. É possível ficar muito bravo quando as coisas dão errado na cozinha. E o que é pior: é muito fácil errar na cozinha. É um trabalho que exige muita paciência. Não há como negar que, no filme, a parte da história que se detém na vida de Julia Child é mais viva e interessante. Meryl Streep tem tudo a ver com isso, sua construção da personagem é incrível. Mas não desgosto da Amy Adams, acho ela muito boa atriz. Soube que as duas trabalharam juntas em "Dúvida". Já anotei no caderninho para ir atrás. Enfim, o filme mostra as pessoas comendo bastante. Para mim não há programa melhor que passar duas horas vendo uma história sobre comida, com preparo e degustação de pratos, que envolve ainda a alimentação de um blog (de culinária!) e a publicação de livros. É um filme muito simpático que quero ter em casa.
Lobato

quinta-feira, 8 de julho de 2010
The good wife

Jean Charles
"Jean Charles" é um filme muito simpático. Principalmente porque nada promete e o que entrega não aborrece ninguém. Gosto mais ainda da metade final quando as coisas vão se complicando até chegar ao desfecho que todo mundo conhece (o brasileiro é confundido com um terrorista no metrô de Londres e assassinado pela polícia inglesa). Não dá pra morrer de amores com algumas interpretações, depois entendi que o diretor Henrique Goldman misturou atores e não atores. Mas mesmo atores profissionais como a bonitinha Vanessa Giácomo não pareceram nada menos que corretos (o que já é grande coisa). Selton Melo faz um trabalho bom, o seu Jean Charles cativa. O meu personagem preferido é o Alex, interpretado pelo baiano Luiz Miranda. O diretor diz que fez um filme de ficção com elementos reais, misturou ficção e realidade para contar a história com a contundência que achou devida. Eu acho que ele teve mais acertos que erros. É um filme honesto, um trabalho que vale a pena ver.
quarta-feira, 7 de julho de 2010
A Partida

Gostei muito da transformação do protagonista, o respeito que passa a ter pelo ofício de preparar o cadáver e ajudar na "passagem para o outro mundo". Um filme que tem pouco diálogo, boas imagens, e um protagonista que nada tem de herói – ou talvez tenha, de um outro jeito. De qualquer forma, um filme e um personagem que crescem aos olhos do espectador. Parece que a lição é que podemos aprender muito com a morte. É um clichê, mas mesmo clichês bem trabalhados podem oferecer um frescor e uma visão diferenciada. E o principal, há tantas coisas que se pode trazer do filme, o enredo central está amparado em ótimas circunstâncias e situações que enriquecem a experiência do que se está vendo. É um filme que parece simples, é simples, mas tem muitas camadas. Antes mesmo de terminar, eu ficava pensando que queria ver "A Partida" outras vezes. Isso só acontece quando a obra captura mesmo a gente. Me capturou.quinta-feira, 1 de julho de 2010
Filmes, férias etc
*
Caramba, há muito tempo não curto tanto uma novela como estou agora com "Passione". É, na minha modesta opinião, um dos melhores trabalhos do Silvio de Abreu (que é um cara muito inventivo e cheio de referências de cinema). A novela é inflada em núcleos, historias grandes e pequenas, personagens, mas tudo é bem aproveitado, anda com ritmo, e se conecta com o conjunto. Personagens mais imporantes rivalizam em interesse com personagens menores, e todos contribuem para o andamento da história. Prazerzão seguir essa novela todas as noites.
*
Outra coisa bacana é conferir a tosquice deliciosa de "Ana Raio e Zé Trovão". Não pensei que ia gostar de rever algo de Jayme Monjardim com tal prazer sádico. Estou curtindo.
*
Estou saindo de férias. Alguns filmes que quero ver entre os 500 que estou em atraso: "Ao sul da fronteira", "O escritor fantasma", "Viajo porque preciso, volto porque te amo", "Sonhos roubados", "As melhores coisas do mundo", "Onde vivem os monstros", "Um homem sério", "Amor sem escalas", "A partida", "Meu caro Francis", "O homem que engarrafava nuvens", "Tudo pode dar certo", "Julie & Julia", "Educação"... Bom, chega, né? Não vou listar os 500...
*
Nessas férias espero escrever muito nesse blog. Inclusive coisas pessoais como Hederverton gosta.
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Sono
domingo, 20 de junho de 2010
Toy Story
sábado, 19 de junho de 2010
Nota 6

sexta-feira, 18 de junho de 2010
Voto
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Somewhere
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Fringe
Los abrazos rotos
Minhas férias se aproximam, vou poder ver os bons filmes que perdi nos últimos tempos. Uma das minhas dores era não ter visto, logo que saiu, "Abraços partidos" ("Los abrazos rotos"), último Pedro Almodòvar. Estava com muita saudade do cinema de Almodòvar. De todos os seus filmes que vi (e vi muitos), só não me empolguei com "Má educação". Gosto demais desse universo do cineasta espanhol, incluindo os da época jurássica como "Maus hábitos" e "Pepi, Luci, Bom y otras chicas del montón". O primeiro filme que lembro ter visto dele - e que me atingiu como um raio - foi "A Flor do Meu Segredo". (Até hoje digo que esse é o meu filme preferido dele, mas preciso rever isso.)Abraços partidos é um drama. Mistura tanta coisa, é uma história dentro da história, envolve passado e presente, idas e vindas. Um filme dentro do filme. Histórias que se cruzam. É um negócio complicado de contar, mas visto na tela, corre simples, flui, dá para entender tudo. É o dedo do autor que permite isso, claro. Há um certo jogo de espelhos interessante, e uma história de amor que costura tudo. O filme começa com esse cineasta e escritor que ficou cego e assumiu a identidade de um pseudônimo, criado por ele para assinar seus trabalhos. A história avança, sabemos mais, que ele se apaixonou por uma atriz casada com um cara rico que morre de ciúmes da mulher. Essa atriz é a Penélope Cruz (linda como sempre). Veremos que o marido é obcecado pela esposa a ponto de preferir ela morta a ter que ficar sem ela. E justamente a personagem de Penelópe apaixona-se e começa um caso com o cineasta. O início desse triângulo anuncia um tragédia que virá.
Há cenas belas, criativas, fortes nesse filme. Há uma coleção de ótimas cenas. A da leitura de lábios é uma das minhas favoritas, especialmente quando a personagem de Penélope Cruz dubla a si mesma diante de uma imagem que está sendo mostrada em vídeo. É a referência da referência, o filme do filme do filme. Me lembra uma caixa dentro de outra, de outra e por aí vai. O cineasta abraçando a imagem de si mesmo dando o último beijo na amada é lírica. O final do filme é outro grande achado. Almodóvar mostra um bom pedaço do filme dentro do filme, com um diálogo engraçado e lascivo (e que retoma bastante o próprio Almodòvar). Eu sei que nem todo mundo gostou desse "Abraços Partidos". Eu adorei. Pra mim, foi diversão do começo ao fim.
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Berro impresso
Em 1911 ninguém bebia nem um copo d'água sem paixão.
Se entra um gol adversário, ele (o torcedor rubro-negro) se crispa, ele arqueja, ele vidra os olhos, ele agoniza, ele sangra como um César apunhalado.
O tempo é uma convenção que não existe nem para o craque, nem para a mulher bonita. Existe para o perna-de-pau e para o bucho.
Em 1920 nenhum sanduíche poderia aparecer, num reservado de imprensa, sem perigo de vida. Era acometido por todos os lados, sumariamente.
*
Como não gostar de Nelson Rodrigues? Sua crônica sobre o juíz que foge vergonhosamente depois de uma tapa estalado no rosto é uma pequena jóia. É um pequeno tratado sobre a covardia de todos nós. E sobre a hipocrisia de todos nós. Esse "O Berro..." é um livro grande, volumoso. Vem muita coisa boa por aí.
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Life Unexpected
Mariana
segunda-feira, 31 de maio de 2010
24
Estava conversando com minha amiguinha Juliana hoje. Estou desolado com o fim de 24 horas. Essa oitava temporada que terminei de ver recentemente foi uma das melhores, começou bem e terminou melhor ainda (embora tenha embolado um pouco no meio do caminho). A série me dá muita saudade do meu amigo Sérgio, que era viciado. E foi quem me tornou viciado também. Estou triste. E com o som do barulhinho daquele relógio ainda vivo dentro da minha cabeça.
sexta-feira, 21 de maio de 2010
Furacão Elis
Difícil falar sobre um livro cuja personagem central tem tanta conexão com a sua vida. Talvez não seja difícil. Eu é que sou bocó mesmo. Me desmancho quando penso em Elis Regina. Não saberia dizer quando comecei a gostar dela, acho que nasci gostando. O livro "Furacão Elis", de Regina Echeverria, me trouxe de volta a figura de Elis. Muita coisa do passado pulou no meu rosto. Falando do livro propriamente: ele é rico em depoimentos, alguns bem especiais, mas, no geral, achei que a autora usou demasiado esse recurso de abrir aspas. Ficou como um documentário de TV. A autora pega da palavra apenas para introduzir a fala seguinte. É uma mediadora. Talvez não seja um defeito em si, mas me incomodou não ter a leitura indo embora sem que eu pense nela, na estrutura. Queria que a autora tomasse as informações para si e falasse como alguém que chegou àquele ponto por força da pesquisa. Ela entrega a responsabilidade pelo que diz à fonte. Tipo, é fulano que está dizendo. Senti falta de um mergulho maior, de uma contextualização maior, de saber mais sobre personagens que cruzaram a vida de Elis. Um monte de gente aparece e some. Sobre sua família, por exemplo, fala-se muito pouco e a impressão que passa é extremamente unilateral (da perspectiva de Elis). Foi um perfil mais ou menos tridimensional de Elis, rodeada de perfis rasos de todos os outros personagens. Fiquei mal acostumado lendo excelentes biografias. Talvez esteja querendo algo que a Echeverria não se propôs a tal. Mas louvo seu trabalho, ela ralou bastante e conversou com as pessoas certas. Ia lendo e pensando em Elis. Não tenho dúvida, amo essa mulher. Como é incrível. Falar que ela era uma pessoa difícil, como falam algumas amigas minhas, não consigo compartilhar com isso. Difícil todos nós somos. Elis tinha seu tanto de complicação, mas era normal dentro dos limites da loucura de todos nós. O que me pareceu foi até o contrário: que ela era muito sensível, muito emotiva, muito carente. E amava demais. Esse livro é muito doido. Não quero ficar aqui a criticar o trabalho suado dos outros, mas poxa... Sem que a heroína ou qualquer outra droga tenha sido mencionada antes no livro, de repente, a Elis Regina acorda morta, vítima de overdose. Há uma explicação pela metade, trazendo razões do relacionamento amoroso (ela havia brigado com o então namorado, o advogado Samuel MacDowell). Putz, nenhum sinal indica que chegaríamos nisso. O livro não apresenta um único ponto que antecipe ou prepare o cenário que veremos no final. Nesse momento, fui meio que surpreendido. Parece que o livro fica na superfície. Não estou criticando. Funciona como reportagem. Como um documento para entender melhor como foram as coisas, eu ficaria com muito ainda a desejar. A autora tinha uma ligação com Elis, eram amigas e tal. Não tenho dúvida de que foi feito com coração e boa fé. Mas senti falta de mais.
Estou escrevendo este post, ouvindo Elis e tomando um licor. Então, releve qualquer sentimentalismo.
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Arroz cremoso
quinta-feira, 6 de maio de 2010
Elis
Já nas últimas páginas de "Elas gostam de apanhar", uma amiga me traz "Furacão Elis", livro sobre a vida dessa cantora que me deu (e dá) tanta saisfação nessa vida miserável. A amiga diz que não gostou do que leu, descobriu que Elis é insuportável como pessoa. Engraçado. Uma outra amiga me falou de uma entrevista de Elis com o mesmo comentário. Que ela parecia arrogante e que se achava. Eu vi a entrevista e me deliciei. Meu comentário foi que Elis pode ser o que quiser, até antipática (que não acho que tenha sido, não do jeito que falam). Porque sendo boa ou má pessoa, sendo agradável ou não, ela não deixou de ser a potência que ela foi como cantora, intérprete e diva da música popular. Bota alguma das suas canções mais fodonas e aumenta o som: é uma experiência! Elis é maravilhosa. Mesmo que no trato pessoal não seja nenhuma santa. E isso importa? Para quem deu de presente interpretações altíssimas de "Arrastão", "Deus lhe pague", "Travessia", "Atrás da porta", "Corsário", "Águas de março", "As Curvas Da Estrada De Santos"? Para mim, o que importa é a enormidade que ela deixou. Adoro Elis. Um caso de amor mesmo.
terça-feira, 4 de maio de 2010
Iron man 2
Me diverti muito ontem com o novo "Iron Man". Para mim, cumpriu direitinho o papel de entretenimento. Pelo cinema lotado, deu pra ver que muita gente está curtindo e recomendando. Eu que gostei do primeiro filme - e que nunca deixei de gostar de Robert Downey Jr - fiquei meio preocupado com tantos atores novos na linha de frente do elenco. Mas parabéns ao diretor Jon Favreau, tudo se resolve bem e o filme flui. Minha musa, Scarlett Johansson, mal cabe nas roupas, de tão formosa. Tem gente que diz que ela foi mal aproveitada e que não tem função no filme. Acho bobagem. Tem que pensar nela como um bônus. Se ela não é essencial à trama, mal não faz. Seu charme, gostosura e talento só acrescentam no interesse que o filme provoca. Quem perde num filme em que cada entrada dela é em um modelito mais colado que o outro? O filme tem diálogos ótimos e as cenas de ação são acompanhadas por uma trilha bem legal que, depois descobri, é o rock do AC/DC. Muito bom. Gosto bastante do Sam Rockwell (de "Frost/Nixon"), que faz o antagonista. Já o vilão do Mickey Rourke lembra muito seu "O lutador", apesar do sotaque. Mas não faz mal. Um bom ator como ele faz a diferença com pouco. Sua atuação é tão acima da média, que ajuda a jogar o nível do filme para cima (adoro ele pronunciando, cínico, seu "You lost, Stark... lost, Stark..."). Tava com saudade de um filminho de ação bem feito.
