
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Filmes

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Rio de Janeiro
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Mais sobre "Angústia"
Para começar, o seu protagonista é um desbocado. E descreve sem cerimônia as coisas que faz com as moças (e também aquelas que gostaria de fazer). Para o que eu tinha visto do autor até aqui, foi um susto. Mas um susto bom, evidentemente. Porque um artista não tem moldura, escapa delas, e isso é ótimo. Como é bom se surpreender com um velho conhecido. E o mais curioso é que dá para identificar o DNA do autor em toda a "miséria existencial", toda a... "angústia" que vive o Luís da Silva.
Ele vive sozinho lamentando o presente e remoendo o passado. Se apaixona pela vizinha e quebra a cara. Nas primeiras 50 páginas está apaixonado, não se segura, parece um animal. Nas 50 páginas seguintes, tomamos conhecimento de sua desilusão amorosa que o arrebenta e enfurece. Estou na parte em que ele quer a mulher de volta, Marina, com quem quase se casou até ela se interessar por outro. Não sei o que vai acontecer.
Tudo é narrado daquele jeito, sabemos do que se passa pela boca do Luís da Silva, da sua perspectiva e do seu humor de cão. O que significa que tudo pode ter se passado de outra forma, se a gente descontar o ângulo passional do personagem. Não parece que coisa boa espera o personagem até o fim da história. Mas para mim, leitor, o trajeto até aqui está estupendo.
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Angústia
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Onde vivem os monstros

terça-feira, 16 de novembro de 2010
Menino no espelho
True Blood

***
E que bom retorno esse de "Modern Family", hein! Na segunda temporada, continua tudo igual: texto bacana e inteligente, elenco em boa forma (incluindo as crianças) e a graça de situações do dia-a-dia, banais até, mas apresentadas num recorte que faz toda a a diferença. É a minha comédia preferida no momento. Quando é preciso desligar dos problemas e se transportar, esse é o programa.
terça-feira, 2 de novembro de 2010
Enamorado
A vida editada é muito melhor
*
O aniversário de Eloá foi muito simpático, show de bola. Quase tudo foi comprado pronto. Mesmo assim foi bacana.
*
As pessoas compram pernil suíno pensando em assado. Eu também. Mas outro dia, fiz um delicioso ensopado de pernil. Acompanhei com uma novidade, ao menos para mim, um feijão branco com bacon, e arroz com cenoura. E purê de batata doce. E salada.
*
Hoje, feriado, fiz pela primeira vez uma lasanha de soja (adoro soja). E não se engane, pode ser um puta prato. O molho de soja e o molho de tomate são feitos separados e depois unidos na montagem. Show.
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
A suprema felicidade
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
A arte de editar revistas
Mother

*
La belle personne

terça-feira, 12 de outubro de 2010
Quincas Berro D'água

Tropa
Não comentei aqui. Vi Tropa de Elite 2, é um grande filme de entretenimento. Confesso que não gosto da forma como o diretor usa o longa para dizer suas coisas, desfiar sua tese sobre o país, de como apresenta sua teoria sobre o que está por trás de tudo, aquele posicionamento todo sobre a corrupção e sobre os políticos. Aquele vôo sobre Brasília, especialmente, me incomoda. Mas não nego que é um filme muito interessante, um espetáculo mesmo. Padilha entende do riscado, sabe mexer com o espectador, é um artesão e tanto. Algumas cenas são bem fortes, de impacto. Bom ver esse tipo de trabalho no cinema nacional e com o tamanho que foi esse lançamento, com a qualidade dos profissionais envolvidos. Saí muito pensativo da sessão (lotada) no dia de estréia. Esse Tropa, como o anterior, é um acontecimento importante para o nosso cinema. Isso é bacana.
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Battlestar Galactica

Cosme e Damião
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Milla Jovovich
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Tammy

quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Mas esse final...

Gosto do raciocínio de que uma obra se completa com o leitor (espectador, ouvinte etc). Por isso, nenhuma obra pode ser muito explicada. Explicar muito, de certa forma, é matar a parte que cabe ao lado de cá.
Penso que está aí o problema maior de Lost na season finale. Tentou explicar demais e meteu os pés pelas mãos, sem falar que metade dos enigmas continuou no escuro. E ainda, pecado dos pecados, optou por um final que subestima a inteligência do fiel espectador.
Deixa eu formular isso melhor.
Depois de passar bom tempo plantando mistérios e de deixar o espectador tontinho (e isso era muito bom), a sexta e última temporada foi de elucidações.
No começo isso parecia boa coisa. Mas em se tratando de uma série com pé tão forte no mistério (e sci-fi, suspense, aventura, romance...), a sensação era de botar água no vinho. Cada episódio era dedicado a esclarecer algum dos seiscentos segredos da ilha. Como eram tantas as questões, claro que ficou um mundo de coisas sem resposta.
O final é totalmente frustrante no comparativo com o nível que a série atingiu. Parece que puseram na mesa todos os possíveis finais, daí escolheram o mais improvável, inverossímil e bobo.
É incrível o desnível de "The End", ainda mais tendo sido escrito pelos mesmos roteristas que mostraram competência para desenhar o enredo todo (ok, com muita enrolação e fumaça no caminho, mas também com episódios digníssimos).
Como diz minha mãe, eu vou e volto: porém, todavia, não posso me queixar de tudo. O final não apaga uma trajetória incrível. Isso mesmo. No saldo final, me diverti muito com Lost (thank you, Hurley, Sayid, Desmond, Faraday, Ben, Jin, Miles, Charlotte e Locke - meus favoritos).
Foram seis temporadas de altos e baixos, mas mesmo os piores momentos valeram a pena.
Concordo com o clichê de que é um marco na televisão. Mais um. Seria perfeito se Lost fosse uma série mais curta, concentrando nos episódios que tinham algo a dizer. Mas, por pior que pareça, a enrolação e as pistas falsas fizeram parte do prazer do jogo.
Lost me pegou pelo pé, me divertiu por seis temporadas. Se o final contrariou o bom nível do conjunto, paciência, são coisas da vida...
Na minha modesta opinião, mais que o da terceira, não existe final melhor que aquele da quinta temporada. (Quando Juliet, chorando, bateu com a pedra naquela bomba H, a tela ficou clara com a explosão e apareceu o logotipo da série. Depois disso, meu coração ainda ficou acelerado por uns bons minutos.) O final perfeito.
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Distrato
Não por ela ter ido ver a mãe que não via já há uns bons meses. Acharia cruel ela não querer, não suspirar de saudades da mãe. Quem não tem amor à própria mãe, desconfia-se que deve ser uma bela peça. Minha pequena, ao contrário, foi ao encontro com justificado ardor filial, e lá ficou na trincheira inimiga por longos cinco dias.
O que matou esse pai velho e o último romântico da terra, foi a quebra de uma promessa. A pequena prometeu telefonar todos os dias enquanto estivesse ausente. Acreditei. No entanto, ela ligou três vezes.
E olha só: no primeiro dia, quis saber se estava executando bem a receita de arroz que ensinei. No segundo dia, perguntou se o carregador do seu celular estava em casa. No terceiro e último, avisou que já estava retornando, queria saber se eu estava em casa para recebê-la.
Nenhum telefonema com rasgos de saudade do pai, nenhuma declaração de amor eterno, nenhuma promessa de nunca mais se separar por tanto tempo.
Inevitável conclusão: ela não me ama, passou definitivamente para o lado negro da força.
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
Meus votos
Já defini quase todos os meus votos. Meu candidadto à deputado estadual é Joseildo Ramos, ex-prefeito de Alagoinhas, trabalhei com ele. É um cara muitíssimo competente. Fez um trabalho espetacular em dois mandatos em Alagoinhas. Saiu com aprovação imensa.
O deputado federal é, por enquanto, Emiliano José. Foi meu professor de jornalismo na faculdade. Venho acompanhando sua trajetória política desde que saiu candidato a vereador, foi também deputado estadual, depois federal (ocupou o mandato final de Pelegrino). Escreve muito sobre o período da ditadura militar. Escreve muito bem, é bom professor, debatedor. Tem sido um parlamentar aguerrido. É íntegro e tem aquela ternura dos homens sérios.
O senador é Edivaldo Brito. Depois que vi ele falar em alguns encontros fui investigar sua vida. É incrível. Foi lavador de carros, família paupérrima, para virar doutor. Tem uma trajetória bonita, mas mais do que isso, até onde compreendo, ele alia capacidade com integridade.
Não estou decidido pelo governador. Se a eleição fosse hoje, votaria talvez em Wagner (contrariado pela falta de opção).
A candidata a presidente é Marina Silva. A cada dia, ela me ganha mais um pouco. O engraçado é que a primeira pessoa a se empolgar com Marina foi a minha filha de oito anos. Até panfleto com lápis de cor ela tem feito para convencer os colegas na escola. Convencer a nada, vocês sabem, criança não vota mas adora dar palpite.
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
O último mestre no ar

quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Chico Xavier
Heights
Rec, Tony Scott...
*
Já não acho que Tony Scott é esse cara terrível que achava antes. Mas também não cheguei a opinião (que já li por aí) de que ele é o irmão mais talentoso dos Scott. Esse "Sequestro do metrô 123" já começa irritando pelos maneirismo do letreiro modernoso da abertura. Depois disso começa o embate entre esses dois talentos que são John Travolta e Denzel Washington. É bom vê-los em cena, ok. Embora a gente saiba que ambos já fizeram coisa muito melhor. Você vê o filme e pensa que foi feito para ganhar uns trocados na bilheteria aproveitando o chamariz dos nomes dos atores. E é isso mesmo.
terça-feira, 31 de agosto de 2010
Karatê kid
*
Teminei a leitura das 500 e tantas páginas de "O berro impresso das manchetes". O livro que reúne as crônicas esportivas de Nelson Rodrigues, escritas para a Manchete nos anos 50. É aquela coisa, um prazer ler o jeito único de falar sobre futebol de Nelson. Lá está boa parte do vocabulário e das expressões que continuam hoje a serem repetidos pelos comentaristas de esporte da imprensa nacional. Não sei se fico feliz por descobrir a escola desse povo ou triste por ver que não apareceu ninguém assim depois de Nelson. Uma curiosidade interessante: numa das crônicas o autor fala pela primeira vez sobre Pelé usando expressões como "rei" e "realeza", e no posfácio somos informados de que Nelson foi o primeiro a usar essa desiginação que ficaria. Na época Pelé tinha 17 anos.
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Vamos lá
*
E teve Lost no fim de semana. Fiquei baqueado (mais uma vez) com um final de temporada. Lost dá um nó na cabeça e continua viciando. Só aquela coisa da ilha sumir assim daquele jeito nessa quarta temporada que achei meio bocó. Comentei com a amiga Juliana. Mas vamos ver. Descobri que o melhor de Lost não é desvendar os mistérios, mas vê-los brotar, quanto mais melhor. Quando a série explica as coisas perde um pouco o encanto. O medo vai embora. E Lost é muito melhor quando mete medo.
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Sobre filmes
"Acho a indústria muito importante, de lá vem filmes bons e ruins, mas mantém viva a cultura de ver filmes na sala escura. Nosso cinema começa a mostrar força para se manter vivo justamente quando consegue dialogar com o público. O problema é que o filme ruim (tá, vamos chamar assim), ajuda a movimentar o mundo do cinema. O filme bom (hummm???? nem os críticos se entendem, quando não se trata dos clássicos óbvios), o fato é que o filme bom (cult? de arte? alternativo?) pode ter seu público. Não vejo mal em conviver todo tipo de cinema, ter espaço para o "karatê kid" e "a erva do rato". O melhor dos mundos é exatamente ter opção. E, bem ou mal, temos tido. Sempre se fala muito contra a hegemonia dos filmes comerciais (e é bom que se fale), mas não teria futuro o cinema de arte sem a força da grana que circula em torno dos filmes ruins, mais ou menos e companhia. Sem falar que tem filme ruim que é muito bom. Mas isso é outra discussão."
terça-feira, 24 de agosto de 2010
A origem
O filme é daqueles que parece ser alguma coisa muito complicada e que exige muito do espectador. O diretor até consegue ser bastante confuso (e por isso tome-lhe blá blá blá). O problema não é entender o que se passa. Isso não é confuso. Confuso é entender o que realmente importa, qual é a médula óssea do filme, tantas são as coisas desimportantes pelo caminho. As pessoas tem destacado os efeitos visuais e a trama em labirinto, com sonho dentro do sonho etc. No fim das contas é uma tentativa de jogo de ilusão, de 'nada é o que parece'. No fim, o que está em primeiro plano é o drama do personagem de Di Caprio e como ele resolve o fato de não ter esquecido a mulher, de sentir culpa pela sua morte. Mas essa espinha dorsal não é tão forte, não sustenta o interesse pelo filme.
Para compensar uma historinha chinfrim, Nolan resolve a coisa introduzindo grandes doses de ação, perseguição, tiroteio, muito efeito especial, ruas que se dobram, pessoas flutuando, câmara lenta, tudo isso para tornar possível o ambiente dos sonhos, onde supostamente tudo é possível. Tirando o que está ali para distrair o besta do espectador - e que não é central à trama -, não fica nada que valha a pena. É o tipo de obra que se espremer não sai muita coisa. Há algo de interessante na idéia de usar o sonho como matéria para filmes, ainda mais o sonho dentro do sonho. E não há mal em fazer filme de ação ou aventura com esse tema.
O problema é que Nolan não diz nada com seu filme, embora faça parecer que está revolucionando o mundo.
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Salt
sábado, 14 de agosto de 2010
O Bem Amado

"O Bem Amado" tem algumas coisas das que mais irritam no cinema de Guel. Uma delas, e que já era forte em "Lisbela", é o uso (abuso) da trilha sonora. A música é utilizada em demasia, e não é trilha de fundo, composição de ambiente etc, é música alta, com o compositor cantando em confronto com o que se vê na tela, na verdade um desfilar demasiado de clipes musicais.
Putz, e a montagem é doida, com cortes em profusão, não pára. Uma cena após outra sem pausa, sem silêncios, sem momentos de descanso ou reflexão. É movimento o tempo inteiro, ação o tempo inteiro. Se ainda assim, tudo conspirasse a favor da história, mas ao contrário, parece que esse mosaico doido apenas enfraquece o que tem de melhor o filme de Guel (e que não é de autoria do diretor e sua equipe): o texto delicioso de Dias Gomes. O texto salva a alma de Guel do inferno, é onde estão os motivos mais fortes para o filme ter a força que ainda tem.
Claro, Nanini construiu um personagem magnífico; Zé Wilker, caramba, o Zé Wilker está incrível como o Zeca Diabo, não pensei que ele ainda fosse capaz de mostrar um trabalho tão bom depois de tanta tralha e tanto isopor nas últimas décadas. O Zé Wilker está vivo como ator. Podia manter essa disposição, essa alma de artista, nos papéis seguintes.
Se temos alguns personagens excelentes, temos muitos personagens que não enchem os olhos. O romance entre os personagens de Maria Flor e Caio Blat me parece apenas uma historinha incluída à força para atrair o público jovem num elenco majoritariamente de coroas. (Parênteses: eu fui um desses bobos que mordeu a isca, e não arrependo: a primeira aparição da Maria Flor tirando a roupa para tomar banho de calcinha valeu o dinheiro da entrada). Mas é um romance que nada tem a ver com a trama principal. Poderia sair sem prejuízo nenhum à história que está sendo contada. Sem falar que o romance em si é falso, numa cena a Maria Flor mergulha na água, Caio é um desconhecido. Na outra cena, ela está brigando com pai para casar com o cara. Hein? Como assim?
Outro desacerto foi fazer um elo forçado (pelo menos soou totalmente artificial) entre a história em Sucupira e os acontecimentos em torno da ditadura militar e a redemocratização do país. Eu ri em vários momentos do filme, o texto de Dias Gomes e a canastrice do personagem de Nanini são um bom casamento, um acerto. Eu achei excepcional o sinistro e iletrado Zeca Diabo do Wilker. Mas esperava muito, muito mais de um filme de Guel Arraes.
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Brigada Ligeira
*
Estou seguindo firme nas águas na terceira temporada de Lost. Concordo com quem disse que as duas primeiras temporadas são melhores. Mas a série continua intrigando. Não tenho tido condições de dividir meu tempo livre com outras séries. É só Lost.
Liberdade, liberdade
*
Daí um amigo me incita a me filiar ao seu partido. Com um amigo desses... Gosto mais do estilo "Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós" que a prisão a um partido político. Por isso nunca me filiei. Já fui muito simpático à idéia de filiação, é verdade. Por um tempo (era um outro tempo mesmo, do "Fora, Collor" etc), pensei bastante no PT. Isso porque gostava dos caras que conheci ligados ao partido na escola. E porque fiquei amigo e quase-namorado de uma moça (linda) do partido.
Depois fiquei muito simpático à idéia de aderir ao PV. Entrevistei um dos quadros uma vez, fiquei muito impressionado. A ótima impressão veio de bonde. Mas uma decpção sobre rumos, definições, coligações e etc veio em seguida, com o tempo. A última vez que pensei (já não tão empolgado) em ingressar num partido político foi com o PPS, por causa do Ciro Gomes (de quem ainda gosto) e por causa da amizade com o grande Alfredinho, o presidente do partido em Alagoinhas, cidade onde vivi um período.
Felizmente, nunca cedi à tentação da carterinha. Claro, teria sido uma experiência. Mas gosto de não estar comprometido a entender a idiossincrasia dos partidos, que é uma lógica muito escrota às vezes.
Gosto da liberdade de poder discordar, falar mal, se for o caso. E também de gostar de quem eu quiser. (Isso me lembra Renato Russo. Foi ele quem gritou uma vez num show, "eu amo quem eu quiser". As patrulhas caíam em cima por causa da opção sexual do roqueiro que declarou que gostava de meninos e meninas. Ele reagiu. Tava certo ele.)
Estar em um partido é assinar embaixo das coisas mais espantosas que podem ser feitas para que seja possível governar ou minimamente disputar o poder. Tem gente que gosta de jogar esse jogo. Tem gente que não. Prefiro ter a minha voz e opinião livres. E dormir tranquilo. Se antes, quando era inocente, puro e besta, não me meti na asneira de me filiar a um partido, não será agora que o farei.
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Sobre filmes "B". E "Lost"...
sábado, 10 de julho de 2010
João Falcão

Alguns filmes
sexta-feira, 9 de julho de 2010
Julie e Julia

Lobato

quinta-feira, 8 de julho de 2010
The good wife

Jean Charles
"Jean Charles" é um filme muito simpático. Principalmente porque nada promete e o que entrega não aborrece ninguém. Gosto mais ainda da metade final quando as coisas vão se complicando até chegar ao desfecho que todo mundo conhece (o brasileiro é confundido com um terrorista no metrô de Londres e assassinado pela polícia inglesa). Não dá pra morrer de amores com algumas interpretações, depois entendi que o diretor Henrique Goldman misturou atores e não atores. Mas mesmo atores profissionais como a bonitinha Vanessa Giácomo não pareceram nada menos que corretos (o que já é grande coisa). Selton Melo faz um trabalho bom, o seu Jean Charles cativa. O meu personagem preferido é o Alex, interpretado pelo baiano Luiz Miranda. O diretor diz que fez um filme de ficção com elementos reais, misturou ficção e realidade para contar a história com a contundência que achou devida. Eu acho que ele teve mais acertos que erros. É um filme honesto, um trabalho que vale a pena ver.
quarta-feira, 7 de julho de 2010
A Partida


quinta-feira, 1 de julho de 2010
Filmes, férias etc
*
Caramba, há muito tempo não curto tanto uma novela como estou agora com "Passione". É, na minha modesta opinião, um dos melhores trabalhos do Silvio de Abreu (que é um cara muito inventivo e cheio de referências de cinema). A novela é inflada em núcleos, historias grandes e pequenas, personagens, mas tudo é bem aproveitado, anda com ritmo, e se conecta com o conjunto. Personagens mais imporantes rivalizam em interesse com personagens menores, e todos contribuem para o andamento da história. Prazerzão seguir essa novela todas as noites.
*
Outra coisa bacana é conferir a tosquice deliciosa de "Ana Raio e Zé Trovão". Não pensei que ia gostar de rever algo de Jayme Monjardim com tal prazer sádico. Estou curtindo.
*
Estou saindo de férias. Alguns filmes que quero ver entre os 500 que estou em atraso: "Ao sul da fronteira", "O escritor fantasma", "Viajo porque preciso, volto porque te amo", "Sonhos roubados", "As melhores coisas do mundo", "Onde vivem os monstros", "Um homem sério", "Amor sem escalas", "A partida", "Meu caro Francis", "O homem que engarrafava nuvens", "Tudo pode dar certo", "Julie & Julia", "Educação"... Bom, chega, né? Não vou listar os 500...
*
Nessas férias espero escrever muito nesse blog. Inclusive coisas pessoais como Hederverton gosta.
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Sono
domingo, 20 de junho de 2010
Toy Story
sábado, 19 de junho de 2010
Nota 6

sexta-feira, 18 de junho de 2010
Voto
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Somewhere
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Fringe
Los abrazos rotos

Abraços partidos é um drama. Mistura tanta coisa, é uma história dentro da história, envolve passado e presente, idas e vindas. Um filme dentro do filme. Histórias que se cruzam. É um negócio complicado de contar, mas visto na tela, corre simples, flui, dá para entender tudo. É o dedo do autor que permite isso, claro. Há um certo jogo de espelhos interessante, e uma história de amor que costura tudo. O filme começa com esse cineasta e escritor que ficou cego e assumiu a identidade de um pseudônimo, criado por ele para assinar seus trabalhos. A história avança, sabemos mais, que ele se apaixonou por uma atriz casada com um cara rico que morre de ciúmes da mulher. Essa atriz é a Penélope Cruz (linda como sempre). Veremos que o marido é obcecado pela esposa a ponto de preferir ela morta a ter que ficar sem ela. E justamente a personagem de Penelópe apaixona-se e começa um caso com o cineasta. O início desse triângulo anuncia um tragédia que virá.
Há cenas belas, criativas, fortes nesse filme. Há uma coleção de ótimas cenas. A da leitura de lábios é uma das minhas favoritas, especialmente quando a personagem de Penélope Cruz dubla a si mesma diante de uma imagem que está sendo mostrada em vídeo. É a referência da referência, o filme do filme do filme. Me lembra uma caixa dentro de outra, de outra e por aí vai. O cineasta abraçando a imagem de si mesmo dando o último beijo na amada é lírica. O final do filme é outro grande achado. Almodóvar mostra um bom pedaço do filme dentro do filme, com um diálogo engraçado e lascivo (e que retoma bastante o próprio Almodòvar). Eu sei que nem todo mundo gostou desse "Abraços Partidos". Eu adorei. Pra mim, foi diversão do começo ao fim.
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Berro impresso
Em 1911 ninguém bebia nem um copo d'água sem paixão.
Se entra um gol adversário, ele (o torcedor rubro-negro) se crispa, ele arqueja, ele vidra os olhos, ele agoniza, ele sangra como um César apunhalado.
O tempo é uma convenção que não existe nem para o craque, nem para a mulher bonita. Existe para o perna-de-pau e para o bucho.
Em 1920 nenhum sanduíche poderia aparecer, num reservado de imprensa, sem perigo de vida. Era acometido por todos os lados, sumariamente.
*
Como não gostar de Nelson Rodrigues? Sua crônica sobre o juíz que foge vergonhosamente depois de uma tapa estalado no rosto é uma pequena jóia. É um pequeno tratado sobre a covardia de todos nós. E sobre a hipocrisia de todos nós. Esse "O Berro..." é um livro grande, volumoso. Vem muita coisa boa por aí.
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Life Unexpected
Mariana
segunda-feira, 31 de maio de 2010
24

sexta-feira, 21 de maio de 2010
Furacão Elis
Difícil falar sobre um livro cuja personagem central tem tanta conexão com a sua vida. Talvez não seja difícil. Eu é que sou bocó mesmo. Me desmancho quando penso em Elis Regina. Não saberia dizer quando comecei a gostar dela, acho que nasci gostando. O livro "Furacão Elis", de Regina Echeverria, me trouxe de volta a figura de Elis. Muita coisa do passado pulou no meu rosto. Falando do livro propriamente: ele é rico em depoimentos, alguns bem especiais, mas, no geral, achei que a autora usou demasiado esse recurso de abrir aspas. Ficou como um documentário de TV. A autora pega da palavra apenas para introduzir a fala seguinte. É uma mediadora. Talvez não seja um defeito em si, mas me incomodou não ter a leitura indo embora sem que eu pense nela, na estrutura. Queria que a autora tomasse as informações para si e falasse como alguém que chegou àquele ponto por força da pesquisa. Ela entrega a responsabilidade pelo que diz à fonte. Tipo, é fulano que está dizendo. Senti falta de um mergulho maior, de uma contextualização maior, de saber mais sobre personagens que cruzaram a vida de Elis. Um monte de gente aparece e some. Sobre sua família, por exemplo, fala-se muito pouco e a impressão que passa é extremamente unilateral (da perspectiva de Elis). Foi um perfil mais ou menos tridimensional de Elis, rodeada de perfis rasos de todos os outros personagens. Fiquei mal acostumado lendo excelentes biografias. Talvez esteja querendo algo que a Echeverria não se propôs a tal. Mas louvo seu trabalho, ela ralou bastante e conversou com as pessoas certas. Ia lendo e pensando em Elis. Não tenho dúvida, amo essa mulher. Como é incrível. Falar que ela era uma pessoa difícil, como falam algumas amigas minhas, não consigo compartilhar com isso. Difícil todos nós somos. Elis tinha seu tanto de complicação, mas era normal dentro dos limites da loucura de todos nós. O que me pareceu foi até o contrário: que ela era muito sensível, muito emotiva, muito carente. E amava demais. Esse livro é muito doido. Não quero ficar aqui a criticar o trabalho suado dos outros, mas poxa... Sem que a heroína ou qualquer outra droga tenha sido mencionada antes no livro, de repente, a Elis Regina acorda morta, vítima de overdose. Há uma explicação pela metade, trazendo razões do relacionamento amoroso (ela havia brigado com o então namorado, o advogado Samuel MacDowell). Putz, nenhum sinal indica que chegaríamos nisso. O livro não apresenta um único ponto que antecipe ou prepare o cenário que veremos no final. Nesse momento, fui meio que surpreendido. Parece que o livro fica na superfície. Não estou criticando. Funciona como reportagem. Como um documento para entender melhor como foram as coisas, eu ficaria com muito ainda a desejar. A autora tinha uma ligação com Elis, eram amigas e tal. Não tenho dúvida de que foi feito com coração e boa fé. Mas senti falta de mais.
Estou escrevendo este post, ouvindo Elis e tomando um licor. Então, releve qualquer sentimentalismo.
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Arroz cremoso
quinta-feira, 6 de maio de 2010
Elis

terça-feira, 4 de maio de 2010
Iron man 2
